Título: Bolsa e risco em novo recorde
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Fonte: Jornal do Brasil, 07/12/2005, Economia & Negócios, p. A19

O mercado financeiro viveu mais um dia positivo ontem. Enquanto a Bolsa de Valores de São Paulo batia outro recorde de negociações - ultrapassando os 33 mil pontos -, lá fora, o risco Brasil atingiu novamente o ponto mais baixo desde 1994, início do indicador criado pelo JP Morgan, aos 316 pontos.

A queda do risco país significa que aumentou a confiança dos investidores estrangeiros no Brasil. O indicador reflete o desempenho dos juros pagos por uma cesta de títulos da dívida externa, em comparação com as taxas dos papéis americanos, considerados os mais seguros do mundo. Quanto menores os juros pagos pela cesta de títulos, menor o risco país.

A queda do risco-país contribui para a entrada de novos recursos no país e pressiona o dólar para baixo. Ontem, a moeda americana fechou com queda de 0,86%, a R$ 2,177.

Segundo analistas, os juros altos no Brasil continuam atraindo capital de estrangeiros. A taxa básica brasileira está em 18,5% ao ano e mesmo que caia 0,5 ponto percentual neste mês continuará alta. Nos Estados Unidos, por exemplo, a taxa de referência está em 4% ao ano.

- A impressão que se tem é que há somente a porta de entrada - disse Carlos Alberto Abdalla, da corretora Souza Barros, se referindo ao fluxo positivo de dólares.

Nem os leilões de compra do BC freiam a queda. A instituição vendeu ontem US$ 625 milhões em 12,5 mil contratos de ''swap cambial reverso''.

Já a Bolsa de Valores de São Paulo subiu 1,6%, aos 33.223 pontos. O otimismo global e a entrada de investidores estrangeiros no mercado impulsionaram os negócios. O volume financeiro somou R$ 2,525 bilhões, contra média diária de R$ 1,725 bi em novembro. No horário do encerramento do pregão na Bovespa, o índice Dow Jones, da Bolsa Nova York, subia 0,36%. E o Nasdaq tinha alta de 0,7%.

Com agências