Título: PMDB lançará Quércia
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Fonte: Jornal do Brasil, 17/12/2005, País, p. A5

O deputado estadual Jorge Caruso, da Executiva Estadual do PMDB de São Paulo, afirmou que a pesquisa do Datafolha ''foi uma injeção de ânimo no partido'' e que a sigla deve indicar o ex-governador Orestes Quércia para sucessão estadual em 2006. Quércia surge na liderança das intenções de voto nos três cenários apresentados pelo instituto para sucessão em São Paulo. Pelo PSDB, o candidato mais competitivo é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, enquanto os prováveis nomes petistas, a ex-prefeita Marta Suplicy e o senador Aloizio Mercadante mostram desempenhos semelhantes.

Caruso admitiu que o ex-governador precisa ser ''convencido'' a disputar, mas que ele deve concorrer ''pela unidade do partido''.

Dizendo-se, agradavelmente, surpreso com a liderança na pesquisa Datafolha para o governo do Estado de São Paulo, o peemedebista Orestes Quércia admitiu ontem a possibilidade de concorrer ao Palácio dos Bandeirantes.

Quércia disse que pretendia esperar até março para decidir-se sobre a candidatura, mas reconheceu que a pesquisa pode precipitar seu lançamento.

- Pretendia esperar até março. Mas isso era antes da pesquisa. As circunstâncias estão me empurrando para a disputa - disse Quércia.

O deputado estadual Caruso também admitiu que o deputado federal e presidente da legenda Michel Temer é um possível pré-candidato à sucessão estadual, mas ressaltou que ele nem colocou sua candidatura ''nem disse não''. O nome de Temer não aparece na pesquisa da Datafolha.

O integrante da Executiva mencionou duas pesquisas anteriores sobre o provável desempenho de Quércia. A primeira, feita em outubro, somente na região da Baixada Santista, apontaria para a vitória do peemedebista, enquanto outra, feita na mesma época, mas no interior paulista (principalmente, no entorno de Rio Claro), mostraria uma divisão entre Quércia e FHC. A primeira pesquisa, no entanto, não apresentou o nome do ex-presidente na pesquisa estimulada (com apresentação dos nomes).

O diretor-presidente do Datafolha, Mauro Paulino, chamou a atenção para o alto índice de votos nulos, em branco e de indecisos, o que para sinaliza uma ''eleição aberta''. Segundo ele, os números''podem mudar muito, não estão consolidados''.