Entenda diferença entre eleição majoritária e proporcional
Você sabia que o Brasil utiliza o sistema eleitoral misto? No Brasil, as eleições seguem dois sistemas principais: o majoritário e o proporcional, utilizados de acordo com o cargo em disputa. Enquanto o sistema majoritário é adotado para cargos do poder executivo e para o senado, o sistema proporcional é aplicado para a eleição de deputados e vereadores. Saiba mais na reportagem de Laís Nogueira. No Brasil, o sistema eleitoral é misto, com dois modelos para diferentes cargos. O sistema majoritário é aplicado nas eleições para presidente, governador, prefeito e senador. Ele é considerado mais simples, pois vence o candidato com a maioria dos votos. Para cargos no Executivo, como presidente e governador, em cidades com mais de 200 mil eleitores, a maioria exigida é a absoluta, ou seja, mais de 50% dos votos válidos. Caso nenhum candidato atinja esse número no primeiro turno, um segundo turno é realizado entre os dois mais votados. Já nas eleições para prefeitos em cidades menores e para o Senado, a maioria necessária é simples, onde basta ter mais votos que os outros concorrentes. O outro sistema é o proporcional, que é mais complexo. Ele é utilizado para eleger deputados federais, estaduais, distritais e vereadores. Assim, os votos não servem apenas para eleger o candidato, mas também para fortalecer o partido ou a coligação que ele pertence. Os votos de legenda ou nominais são somados e, a partir disso, as vagas são distribuídas proporcionalmente ao desempenho de cada partido nas urnas. Segundo o historiador Antônio Barbosa, da Universidade de Brasília, o sistema proporcional no Brasil é praticamente único no mundo por ser um "voto proporcional puro". [Antônio Barbosa] “Isso significa na prática que não necessariamente vai ser eleito o vereador, o deputado estadual ou deputado federal que tiver mais votos, porque faz-se uma equação, junta-se todo tipo de voto que o partido ou coligação teve e vai dividir pelo número de vagas. Significa dizer que um candidato de outro partido, com muito menos votos do que o outro, vai ser eleito e o outro que teve mais votos não foi.” Essa diferença entre os sistemas pode confundir os eleitores, mas busca garantir um equilíbrio entre a representatividade individual e a força dos partidos na política brasileira. Portanto, ao votar, é importante entender como cada sistema funciona para que seu voto, seja no candidato ou no partido, tenha o impacto desejado. Sob a supervisão de Pedro Pincer, da Rádio Senado, Laís Nogueira.