Correio Braziliense, n. 22521, 14/11/2024. Política, p. 3
Polarização toma conta das redes sociais
Logo depois que começaram a circular notícias sobre a identidade do possível responsável pelo atentado e seu histórico com o Partido Liberal (PL), atual legenda ex-presidente Jair Bolsonaro, integrantes do governo federal se manifestaram em seus perfis nas redes sociais.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, demonstrou preocupação com a possibilidade de o autor ter circulado nos corredores do Congresso antes de explodir na Praça dos Três Poderes.
“Já sabemos que foi muito grave o que aconteceu. Já sabemos que o carro com os explosivos pertence a um candidato a vereador do PL de SC (...) Golpistas não passarão”, afirmou o petista.
Já o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), disse que o atentado “tem características de motivação política”. Afirmou que o caso é “inadmissível” depois de “tantos ataques à democracia”.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), disse que os “gravíssimos” fatos de ontem “repetem o cenário, os alvos e a violência do 8 de Janeiro”. “São muitos elementos que nos alertam para permanecer vigilantes em defesa da democracia”.
“Maluco para tudo” O advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, também se manifestou nas redes sociais. “Tem malucos em todos os lugares, em todos os espectros políticos, torcedores de todos os times, de todas as crenças e religiões. Tem de todas as cores, de todos os tamanhos, de todos os sexos, de todas as nacionalidades, de todos os gostos”, escreveu Wajngarten.
Dentre os senadores que representam o Distrito Federal, apenas Leila Barros (PSB) manifestou-se sobre o ataque publicamente. A parlamentar classificou o fato como “preocupante” em uma publicação no X (ex-Twitter). Até o fechamento desta edição, os senadores Izalci Lucas (PL) e Damares Alves (Republicanos) não haviam se posicionado publicamente.
A deputada Erika Kokay (PTDF), afirmou que “os ataques do STF e à Câmara Federal são expressões do ódio”. Disse, ainda, que o “bolsonarismo” quer “anistiar a violência e os ataques à democracia”.