Título: Assaltos no lugar de cobras
Autor: Gustavo de Almeida e Carolina Benevides
Fonte: Jornal do Brasil, 17/11/2004, Rio, p. A-12

Estamos tendo cancelamentos. O turismo no Rio cresce nos últimos três anos e tudo indica que o réveillon será lotado. A tendência é crescer, mas claro que imediatamente após as notícias de assaltos temos cancelamentos. O turista brasileiro resolve tudo em cima da hora, ele lê notícias. Isso influencia, e daí a rejeição maior é dos brasileiros. O turista estrangeiro também cancela mas em menor escala - disse.

Quanto aos turistas estrangeiros assaltados, Vivacqua é surpreendentemente otimista:

- Das vítimas, 50% dizem que vão voltar e desses uma grande parte diz que é emocionante passar por um assalto. É igual a fazer turismo de aventura. Acham curiosa visitar um país que tenha assalto. Quem vem da Suécia, Dinamarca ou Noruega acha que é como dar um salto de pára-quedas de um penhasco. Elesacham que vão encontrar tigres e cobras nas ruas. Não encontram isso, mas tem assalto.

O secretário estadual de Turismo, Sérgio Ricardo de Almeida, ponderou diante da afirmação:

- Achei a declaração do Vivacqua interessante e exótica - disse, bem-humorado.

Sérgio Ricardo disse ontem que as reservas para o réveillon estão próximas da marca de 100% de ocupação.

- Na época do episódio do Leblon, quando aquelas imagens foram divulgadas pelo mundo pouco antes do feriado de Sete de Setembro, tememos pela queda na ocupação. Tivemos a surpresa de ver que a influência foi mínima. A ocupação foi de 72% - disse Sérgio Ricardo.