Título: Emprego em estagnação
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 22/12/2005, Economia & Negócios, p. A18

A taxa de desemprego de seis regiões metropolitanas do país ficou, pelo terceiro mês consecutivo, estável em 9,6% em novembro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2005, a entrada de trabalhadores temporários no mercado de trabalho, tradicional nesta época do ano, ainda não surtiu efeito. Juros altos, câmbio e crise política são os principais fatores mencionados por analistas para justificar a estagnação.

A renda do trabalhador subiu 0,4% em novembro. Passou de R$ 970,88 em outubro para R$ 974,50 no mês passado. O rendimento dos homens foi estimado em R$ 1.115,50 e o das mulheres, em R$ 792,50.

O levantamento do IBGE diverge da pesquisa da Fundação Seade e Dieese divulgada anteontem, que mostrou que a taxa de desemprego da região metropolitana de São Paulo recuou para 16,4% da população economicamente ativa. Segundo o IBGE, nenhuma das seis regiões pesquisadas apresentou movimentação significativa de outubro para novembro.

Em São Paulo, a taxa de desemprego subiu de 9,6% para 9,7% e, no Rio de Janeiro, caiu de 7,9% para 7,7%. Para o IBGE, os resultados são estáveis. Em relação a novembro do ano passado, apenas a região metropolitana de Recife apresentou crescimento e passou de 11,2% para 14,7%.

A pesquisa indica a exigência por mais qualificação: em novembro de 2002, 37,6% dos desocupados tinham pelo menos o ensino médio concluído. Em novembro deste ano, este patamar subiu para 44,4%.

O emprego com carteira cresceu 3,8% em relação a novembro de 2004, o que equivale a mais 281 mil postos de trabalho.