Título: Dívida pública cresce R$ 5,2 bi
Autor: Gabriela Valente e Silmara Cossolino
Fonte: Jornal do Brasil, 18/11/2004, Economia, p. A17

O volume da parcela da dívida pública mobiliária federal interna aumentou de R$ 771,3 bilhões, em setembro, para R$ 776,5 bilhões, em outubro. O crescimento de R$ 5,2 bilhões (0,67%), foi decorrente, principalmente, do aumento de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), em setembro e outubro.

A parcela indexada ao dólar recuou mais uma vez. O percentual apurado no mês passado ficou em 11,2% ante 12,3% no mês anterior. Em valores absolutos, a queda foi de US$ 95 bilhões para US$ 87,3 bilhões no período.

O principal fator para a redução com o resgate líquido no período, que atingiu US$ 2,7 bilhões em outubro, foi o fato de o câmbio ter ficado praticamente estável, com apreciação de 0,07%. As informações foram divulgadas ontem pelo Tesouro Nacional.

De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Ronny Tavares, a fraca demanda por hedge (proteção) e a baixa volatilidade do mercado de câmbio foram fatores essenciais. A falta de percepção de possíveis pressões num curto e médio prazos sobre a taxa de câmbio fez com que, ao longo dos meses, o setor privado reduzisse sua dívida externa.

A parcela de títulos públicos em poder do público a vencer em até 12 meses caiu de 46,7% para 45,9%. De acordo com Tavares, isso não ocorreu pelo montante de resgate, mas pela estrutura do mês.

Assim, ocorreu diminuição de R$ 3,7 bilhões por causa dos resgates de títulos que vencem até outubro de 2005 e que foram recebidos em operações de troca. As operações somaram R$ 39,4 bilhões.