Correio Braziliense, n. 22564, 28/12/2024. Economia, p. 8
Aneel mantém bandeira verde em janeiro
A fim de contribuir para diminuir as pressões inflacionárias no primeiro mês de 2025, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, ontem, a manutenção da bandeira tarifária verde para janeiro. Com isso, não haverá custo adicional na tarifa de energia no primeiro mês do próximo ano.
A justificativa central é a redução no custo de energia, a partir de condições favoráveis para a geração no país. Com a seca histórica no segundo semestre deste ano, a Aneel havia acionado a bandeira tarifária vermelha patamar 1, em setembro, pela primeira vez em mais de três anos.
Gatilho Além do risco hidrológico (GSF), outro gatilho para o acionamento da bandeira mais cara foi o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) — valor calculado para a energia a ser produzida em determinado período.
O PLD iniciou essa semana no patamar regulatório mínimo, de R$ 61,07 por megawatt-hora (MWh), em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN).
As projeções de inflação do Banco Central já consideram uma melhora nas condições climáticas que influenciam no acionamento da bandeira tarifária de energia, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro, divulgado na última quinta-feira (19).
O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, vai fechar o ano de 2024 com a marca de 61 acionamentos nas classificações amarela, vermelha 1, vermelha 2 ou, com maior impacto, a classificação “escassez hídrica”.
O sistema visa atenuar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia. Na série histórica, o maior período em que a bandeira tarifária ficou verde foi de abril de 2022 até julho deste ano. O retorno da bandeira verde ocorreu em dezembro.