Correio Braziliense, n. 22569, 02/01/2025. Política, p. 2
“02” em tom moderado
Além da posse de Eduardo Paes na Prefeitura do Rio de Janeiro, assumiram os cargos os 51 vereadores da cidade, vencedores das eleições no ano passado. O responsável por presidir a sessão legislativa foi o vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O encargo se deu porque o parlamentar foi o mais votado no pleito de 2024, recebendo 130.480 votos.
O filho do ex-presidente foi tietado por parlamentares de direita da Câmara do Rio. Ao caminhar até a assinatura da posse, o vereador Felipe Michel (PP) mandou um beijo no ar para Carlos e replicou o cumprimento na mão do parlamentar.
Em um breve discurso de tom pacifista, Carlos disse que não há “inimigos” entre os vereadores, e, sim, adversários políticos. Este é o sétimo mandato dele no Legislativo carioca, onde possui uma cadeira desde 2000.
“Eu só queria sempre agradecer o carinho e a consideração que Vossas Excelências tiveram comigo ao longo desses 24 anos de mandato de vereador. Momentos de aprendizados, momentos de compartilhamento de ideias, momentos de divisões, mas principalmente de respeito (...) Não há nenhum inimigo aqui, todos somos adversários políticos, apesar de umas (pessoas) utilizarem estratégias diferentes das outras”, disse Carlos Bolsonaro.
Confusão em São Paulo
Na posse dos 55 vereadores eleitos de São Paulo, houve tumulto após a vereadora Zoe Martinez (PL) fazer uma saudação a Bolsonaro no momento da diplomação.
Após dizer, como praxe, “assim o prometo”, Zoe complementou: “Viva o Bolsonaro, viva São Paulo, viva a liberdade, viva o Brasil”.
A manifestação provocou reações mistas do público presente. Houve um coro de “sem anistia”, em alusão a um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados que pretende anistiar os detidos pelos atos golpistas de 8 de janeiro.
O tumulto gerou intervenção da mesa diretora. Houve um bate-boca entre Zoe Martinez e a vereado ra reeleita Luna Zarattini.