Título: No Brasil, expansão tímida
Autor: Silmara Cossolino
Fonte: Jornal do Brasil, 03/01/2006, Economia & Negócios, p. A17

O mercado financeiro reduziu novamente a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2005. A expectativa agora passou de 2,48% para 2,4%, conforme a pesquisa Focus divulgada ontem pelo Banco Central. No entanto, foi mantida em 5,68% a expectativa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o mesmo período e em 4,5% para 2006.

Nesta sondagem, a previsão do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2006 foi reduzida de 4,6% para 4,53%, e de 1,18% para 1,16% em 2005. A expectativa para o IGP-M ao final deste ano subiu de 4,55% para 4,57%. Em 2005, o índice fechou com alta de 1,21%.

Já o prognóstico para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) este ano permaneceu em 4,5%, sendo que para 2005, continua em 4,54%.

Os analistas consultados pelo BC elevaram a projeção para o superávit da balança comercial em 2006, de US$ 36,9 bilhões para US$ 36,98 bi. A projeção para o crescimento da produção industrial em 2005 sofreu ligeiro aumento, de 3,13% para 3,15%, mas recuou de 4,3% para 4,05% a expectativa para este ano.

Em relação à projeção do saldo da conta corrente para 2005, a expectativa subiu para US$ 15 bilhões, ante US$ 14,70 bilhões do boletim anterior. Para 2006, o mercado financeiro manteve o saldo em US$ 7,5 bilhões. A projeção para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no país permaneceu a mesma para 2005 e 2006 - US$ 15,5 bilhões e US$ 15 bi, respectivamente.

O mercado financeiro manteve a expectativa de corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros em janeiro. Com isso, a previsão é que o Comitê de Política Monetária reduza a Selic para 17,5% ao ano. O mercado prevê que a taxa encerrará 2006 em 15% ao ano.