Título: Deputados fazem mea-culpa
Autor: Renata Moura
Fonte: Jornal do Brasil, 11/01/2006, País, p. A5

Apesar de convocados para trabalhar entre os dias 16 de dezembro e 14 de fevereiro, poucos deputados fluminenses que não estiveram ontem em Brasília justificaram suas ausências. Depois de o Jornal do Brasil mostrar que apenas quatro dos 49 parlamentares, entre deputados e senadores, estiveram no Congresso durante a convocação extraordinária, houve até quem decidisse abrir mão do salário extra de R$ 25,4 mil.

Foi o caso do deputado Reinaldo Gripp (PL), que protocolou requerimento abrindo mão da ajuda de custo segundo divulgou a Direção-Geral da Câmara.

Júlio Lopes (PP) que retornou domingo da França e na segunda estava em Teresópolis, voltou ontem à Brasília, assim como os deputados peemedebistas Alexandre Santos e Nelson Bornier.

A assessoria do deputado Almir Moura (PFL) informou que o político não viajou com a mulher para o interior do estado. Sua ''agenda de trabalho era política'', de visita as suas bases eleitorais no interior - o que não é o propósito da convocação.

O deputado Luiz Sérgio (PT), que estava descansando em sua casa em Angra dos Reis (PT) disse estar hoje em Brasília, embora tenha ido durante as primeiras semanas da convocação e não conseguiu registrar presença. O deputado culpou as presidências das Casas pela convocação e insistiu que não pode ser sacrificado pela decisão do presidente da Casa Aldo Rebelo (PCdoB-SP) de que as votações só tenham início na próxima segunda-feira, dia 16.

O deputado Carlos Nader (PL) esteve no Congresso no final da tarde de segunda e registrou sua presença na Casa. Ele considerou ''injusta'' a matéria, por ter presença assídua no plenário. Foi a própria assessoria do parlamentar que informou que ele estava ''em trânsito''.