Título: Expresso de qualidade pode ser feito até em casa
Autor: Luciana Navarro
Fonte: Jornal do Brasil, 22/01/2006, Cafezinho ganha status de drinque, p. D4
A paixão pelo café levou o doutor em Ecologia Walter Nascimento Neto, 28 anos, a estudar o assunto. Ao alugar a quitinete onde mora atualmente, resolveu realizar um sonho: comprou a máquina de café expresso da Briel, uma marca portuguesa. Investiu não só no equipamento, mas também no pó de café. Já experimentou mais de 15 tipos diferentes, importados e nacionais. Segundo Neto, a fabricação do café expresso em casa nada tem a ver com os custos.
- Muitas vezes sai até mais caro tomar o café em casa. Dependendo do acompanhamento que coloco, a xícara chega a sair R$ 2 por xícara - revela.
O ecólogo não é exigente apenas na escolha do pó. Tudo é preparado com muito cuidado para garantir ao café um sabor especial. Em menos de um ano ele já inventou diversas receitas para fazer o tradicional cafezinho.
Em algumas, costuma acrescentar ingredientes como licores e chocolate, mas, mesmo assim, não abre mão de um pó de boa qualidade.
Há também a opção de aromatizar o café. O aroma pode vir misturado no pó comprado em lojas especializadas, como ser adquirido separadamente em garrafas e misturado na bebida ainda quente.
Na geladeira de sua casa, Neto tem atualmente oito tipos de café, em sachê e em pó. Cada um tem um momento específico. À noite, por exemplo, ele prefere tomar o descafeinado para não atrapalhar o sono.
Depois de aberto, todo pó o café é guardado na geladeira. A medida garante a preservação do sabor do pó.
Uma vez moído, o café perde a qualidade muito rapidamente, especialmente se ficar em contato com o ar. O ideal é moer na hora em que for beber - explica Neto, que comprou livros específicos sobre a bebida.