Título: Morte na Ponte JK ainda impune
Autor: Cristiane Madeira
Fonte: Jornal do Brasil, 24/01/2006, Brasília, p. D5

Há exatamente dois anos, a morte do advogado Francisco Augusto Nora Teixeira, 29, se tornou a maior tragédia já registrada na Ponte JK desde a inauguração, em 2003. Tragédia não apenas pelo falecimento brusco e repentino do rapaz, mas pelas circunstâncias que cercaram o episódio, até hoje sem solução definitiva no Judiciário. O responsável pela morte de Francisco é o estudante de Direito Rodolpho Félix Grande Ladeira, hoje com 23 anos, protagonista de duas batidas anteriores que resultaram na fratura das costelas de uma mulher de 47 anos, na derrubada de um semáforo de entrequadra da Asa Sul e na perda total dos carros que conduzia em cada uma das ocasiões, um Honda Civic e um BMW. Meses depois dessas colisões, o estudante bateu o Mercedes que dirigia a 165km/h na Ponte JK, segundo laudo da perícia, na traseira do Santana guiado pelo advogado, morto na hora com a pancada. Treze dias depois, enquanto a família de Francisco mal se recuperava do choque e da perda sofrida, Rodolpho colidiu o Fiat Marea da mãe em dois carros parados no estacionamento em frente ao Clube dos Previdenciários, na 712 Sul. Somente depois desse último caso, teve a carteira de habilitação cassada pela polícia.

Dois anos depois, Rodolpho Félix Grande Ladeira responde ao processo em liberdade. Nunca foi preso.