Título: Frentes de investigação
Autor: Fernando Exman
Fonte: Jornal do Brasil, 22/01/2006, País, p. A5

Assassinato Celso Daniel - A CPI investiga se o assassinato do ex-prefeito de Santo André foi crime comum ou teve motivação política. Suspeita-se que Celso Daniel foi assassinado porque queria excluir do esquema de corrupção montado por sua administração pessoas que, em vez de enviar todos os recursos irregulares obtidos, estavam utilizando o dinheiro para enriquecimento próprio. Caso Toninho do PT - A dúvida dos integrantes da CPI é se o assassinato do ex-prefeito de Campinas foi crime comum ou político. Na última quinta-feira, promotores de Justiça de Campinas afirmaram em sessão da CPI que não há nenhum indício concreto que a morte de Toninho do PT tenha ocorrido a mando e por razões políticas.

Conexão PT-Cuba - O depoimento do motorista do Ministério da Fazenda Éder Eustáquio Macedo, na quinta-feira, causou a impressão de que a história de que as campanhas políticas do PT realizadas em 2002 podem ter recebido dólares enviados pelo governo cubano. Macedo não soube explicar episódio em que teria conduzido o veículo utilizado por ex-secretários do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, na prefeitura de Ribeirão Preto para transportar o dinheiro.

Amigo de Lula - Papel do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Paulo Okamoto, nas campanhas do PT e sua relação de amizade com o presidente Lula. Okamoto admitiu ter pago contas de R$ 30 mil do presidente Lula. A comissão quer saber a origem do dinheiro. Além disso, os parlamentares da oposição que integram a CPI pretendem averiguar se Okamoto foi responsável por esquema irregular de captação de recursos de empresas que prestaram serviços a prefeituras petistas.

Palocci/Ribeirão Preto - Gestão do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, à frente da prefeitura de Ribeirão Preto (SP). A comissão quer apurar suposto esquema de caixa 2 montado por ex-secretários de Palocci.

Caso Waldomiro Diniz - Contrato e relações entre a Caixa Econômica Federal e a multinacional Gtech, especializada no processamento de loterias apontam envolvimento do ex-secretário do gabinete de José Dirceu. O relator da CPI, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), considera o contrato pernicioso aos cofres públicos. Seu relatório parcial, contendo o pedido de indiciamento de 34 pessoas e o fim do contrato entre as empresas, será votado na quarta-feira.