Título: Sem verba do FAT
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Fonte: Jornal do Brasil, 19/01/2006, Economia & Negócios, p. A20

A Caixa Econômica Federal suspenderá a operação da Carta de Crédito FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). O vice-presidente de Desenvolvimento Urbano do banco, Jorge Hereda, alegou que essa modalidade de financiamento habitacional perdeu competitividade após o acirramento da concorrência no setor de crédito imobiliário.

- O produto perdeu competitividade, pois os consumidores encontram opções mais baratas de financiamento.

A Carta de Crédito FAT cobrava TJLP (9% ao ano) e mais 5,5% ao ano na aquisição de imóveis novos ou usados. O produto era uma das poucas opções disponíveis para a classe média, que não conseguia se enquadrar nas exigências para o crédito com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Este quadro mudou com a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de exigir que os bancos privados cumprissem metas de concessão de crédito imobiliário com recursos da caderneta de poupança. Assim, a oferta de crédito cresceu, derrubando os juros.

Ano passado, foram financiados pelo FAT apenas R$ 70 milhões, queda de 70% ante R$ 236 milhões em 2004. Segundo a CEF, a linha será desativada ao longo deste ano.

Folhapress