Título: Rede para pegar cliente
Autor: Mariana Carneiro
Fonte: Jornal do Brasil, 29/01/2006, Economia & Negócios, p. A17

O boom deste mercado começou há cerca de três anos, quando os grandes bancos de varejo resolveram entrar no filão comprando redes como a Losango (HSBC), Finasa (Bradesco) e Fininvest (Unibanco). As três, além da Taií (Itaú) e Cacique (Banco Cacique) dominam cerca de 90% do mercado.

Até 2004, a Cacique - cuja propaganda na TV é estrelada pela atriz Nair Bello - tinha apenas sete lojas no Brasil. No ano passado, a empresa espichou e virou gente grande: 88 novas lojas começaram a operar.

Tamanho satisfatório? Que nada, para este ano, a expectativa é dobrar a rede, para 200 lojas. No Rio, a idéia é sair das 13 unidades atuais (todas abertas em 2005) para 25, um crescimento de quase 100%.

Para avançar, a Cacique se fia na criação de produtos, como a ampliação dos cartões private e outros, os quais o diretor comercial Wanderley Vettore guarda a sete chaves. Em um mercado cada vez mais concorrido, qualquer estratégia conta muitos pontos à frente do adversário.

Entre as financeiras, a capilaridade é ponto-chave para bater à porta do cliente.

O Panamericano - do grupo Silvio Santos - abriu 37 lojas no ano passado, das quais sete só no Rio de Janeiro. Em 2006, a idéia, segundo o executivo, é sair das atuais 155 filias para 200, uma alta de 30%.

O mote é se mostrar como alternativa à rede bancária tradicional. Assim, já começaram o ano com o Credolé. Segundo Carlos Roberto Vilani, diretor comercial, o mote do produto é ''dê um olé nas taxas do seu banco''.

A carteira do banco do dono do SBT bateu R$ 4 milhões no ano passado, dos quais 61% eram de crédito para compra de bens (incluindo veículos) e outros 17% de consignado.