Título: São Paulo: PFL racha com PSDB
Autor: Josie J., Juliana R., Rodrigo Camarão e Sérgio P.
Fonte: Jornal do Brasil, 05/02/2006, País, p. A2

BRASÍLIA - Por acreditar na fragilidade de uma candidatura do PSDB, o PFL - que deverá ter a máquina administrativa na mãos durante as eleições ao governo do estado - tende a lançar candidato próprio ao Palácio dos Bandeirantes. O principal nome do partido hoje é o do presidente da Associação Comercial de São Paulo, Guilherme Afif Domingos. Cláudio Lembo, vice do governador Geraldo Alckmin, corre por fora. Com candidato próprio, a intenção do partido é ganhar uma posição estratégica no maior colégio eleitoral do país. O PFL poderá herdar, em abril, tanto o governo de São Paulo quanto a prefeitura da capital, com os vices Cláudio Lembo e Gilberto Kassab, respectivamente, caso José Serra deixe a prefeitura para disputar o Planalto e Alckmin, deixe o governo para concorrer ao Senado. O iminente racha com o PSDB paulista, no entanto, não prejudica as costuras entre os dois partidos na aliança nacional.

- Fernando Henrique Cardoso disputou e venceu eleições presidenciais em aliança com o PFL, tendo apoio de candidatos adversários em São Paulo - lembrou recentemente o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), acrescentando que, em 1998, Paulo Maluf (PP) e Mario Covas (PSDB) apoiaram a reeleição de FH embora fossem adversários na disputa ao governo estadual, conquistado por Covas.

Os tucanos ainda não bateram o martelo sobre o nome para concorrer ao governo do estado. Hesitam entre o ex-ministro da Educação, Paulo Renato, o secretário municipal e também ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira, o vereador e ex-ministro José Aníbal, e até o deputado Alberto Goldman.

No PT, são pré-candidatos o senador Aloizio Mercadante e a ex-prefeita Marta Suplicy. No PMDB, o ex-governador Orestes Quércia, lidera as pesquisas de intenções de voto e pode concorrer ao governo.