Título: Histórico de crises
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 04/02/2006, Internacional, p. A9
Salman Rushdie: O escritor britânico, autor de Versos Satânicos , no qual há uma cena na qual prostitutas sonham ser as mulheres de Maomé, foi condenado à morte em 1989 em uma fatwa (decreto religioso) do aiatolá Khomeini. Rushdie vive sob proteção policial. Em 1998, as autoridades desistiram de aplicar a fatwa, mas não a suspenderam. Sátira: Quarenta pessoas foram mortas e 60 ficaram feridas em julho de 1993 em Sivas, Turquia, no incêndio de um hotel onde se hospeva o autor satírico turco Aziz Nesin. O fogo foi ateado por manifestantes em protesto contra propostas consideradas blasfematórias.
Nigéria: Mais de 220 pessoas são mortas e 1.100 ficam feridas na Nigéria, em 2002, em tumultos entre muçulmanos e cristãos, depois da publicação no jornal nigeriano The Day de um artigo sobre a eleição da Miss Mundo considerado blasfemo. No texto, a autora escreveu que o profeta Maomé não se incomodaria com o concurso e até escolheria uma das candidatas como esposa.
Van Gogh: O cineasta holandês Theo van Gogh foi morto em 2004, em Amsterdã por um extremista muçulmano. Provocador, autor de 20 filmes, Van Gogh havia filmado o panfleto Submissão , um curta-metragem sobre o Corão e a submissão da mulher, exibido por um canal de televisão público em agosto de 2004.