Título: Eleição cria expectativa para empresas do DF
Autor: Eruza Rodrigues
Fonte: Jornal do Brasil, 12/02/2006, Brasília, p. D1

Panfletos, faixas, adesivos, bandeiras, camisetas, bonés, chaveiros, refeições. A menos de oito meses para as eleições, todos os setores da economia começam a se movimentar para conquistar os futuros candidatos a cargos eletivos no Distrito Federal. E não é à toa. Só o setor gráfico, responsável pela maior parte dos materias de campanha, espera um crescimento entre 15 e 20%. O aquecimento poderá ser ainda maior, dependendo do número de registro de candidaturas para os cargos de governador, de senador, de deputados federais e de distritais. - Nessa época o segmento fica muito otimista. Se houver composição para o Palácio do Buriti, o trabalho fica um pouco esquecido. Quanto mais concorrida é a disputa, maior é a divulgação - afirmou o presidente do Sindicato dos Gráficos do DF, Antônio Eustáquio de Oliveira.

Para atrair a clientela, Antônio Oliveira citou três vantagens: parque gráfico com tecnologias de ponta, prazo para a entrega e preços acessíveis. Segundo o Sindigraf, o setor passou por uma crise de 2004, com uma redução de 10 a 15% nos serviços, já que a maior parte (90%) vinha de encomendas do governo federal. Os gráficos tiveram crescimento no ano passado, e o faturamento chegou a R$ 400 milhões.

- Temos dificuldade de trabalhar com política. Os clientes são ruins, não efetuam o pagamento em dia. Quem geralmente recorre a outros estados, como Goiás, é porque está sujo na praça - explicou Antônio Oliveira.

Empregos - O verdadeiro exército que estará envolvido no processo eleitoral ajudará na distribuição de renda e aumento do consumo local. São milhares de postos de trabalho temporários que vão aquecer o comércio e levar as pessoas a fazer mais compras, principalmente nos setores de alimentação, bebidas e vestuário.

- Apesar de não ter a estimativa, as eleições deste ano vão criar de muitos empregos direitos, que vão desde os coordenadores de campanha até os cabos eleitorais. Ainda é cedo para falar em números - disse o presidente da Federação do Comércio (Fecomércio), Adelmir Santana.

Enquanto não há a definição e o registro dos candidatos, a movimentação no primeiro semestre do ano é no setor da construção civil, que está lucrando com a liberação de recursos para a construção e manutenção de obras.

- O setor de vestuário também está animado, pois haverá aumento na produção de camisetas. Aumentará o uso de carros e o consumo de combustível - informou o presidente da Federação das Indústrias (Fibra), Antônio Rocha.