Título: Alckmin é o candidato natural
Autor: Edson Aparecido
Fonte: Jornal do Brasil, 10/02/2006, Opinião, p. A11

Neste ano, o PSDB terá pela frente um enorme desafio: reconquistar a Presidência da República para fazer uma faxina ética, implementar as reformas estruturais e colocar o país no rumo do crescimento, com mais emprego e renda. Para assumir esta tarefa, abrindo uma nova página na história do país, o PSDB dispõe de um candidato natural, que é governador Geraldo Alckmin.

Com índices de aprovação popular na faixa de 80%, o governador paulista tem o respaldo majoritário da bancada do PSDB no Congresso Nacional. Ao mesmo tempo, consegue agregar apoios que serão fundamentais para consolidar as alianças tão necessárias para se governar o país. Alckmin também tem um enorme potencial de crescimento, conforme mostram as últimas pesquisas que o apontam com um patamar de votos na casa dos 20%, nas simulações de primeiro turno, e de 40%, no segundo turno.

Administrador sério e competente, Alckmin comanda um Estado que deu um enorme salto de qualidade e está com suas finanças equilibradas como atestam os R$ 9,1 bilhões de investimentos previstos para 2006, mesmo com a redução de dezenas de alíquotas de impostos. Depois de assumir, como vice de Mário Covas, em 1995, um governo falido que não tinha dinheiro sequer para pagar a gasolina dos carros policiais, Alckmin dirige hoje uma das máquinas públicas mais bem organizadas e eficientes do país. Construiu 20 novos hospitais, reduziu os homicídios pela metade, abriu 6.400 escolas nos finais de semana, está com obras simultâneas em duas linhas do Metrô, aumentou a jornada escolar para seis horas diárias e agora inicia o projeto Escola de Tempo Integral, fez um grande programa de distribuição gratuita de remédios, construiu um trecho importante do Rodoanel, está entregando para a Capital um novo rio Tietê, com a calha ampliada e 50 quilômetros de jardins.

Em sua gestão, o terceiro setor transformou-se em uma parte importante na oferta de bons serviços públicos em São Paulo na administração de hospitais, restaurantes populares e até presídios que são modelares. O capital privado também participa da oferta de serviços públicos por meio do maior programa de concessões existentes no país. Obras estratégicas, como a duplicação da Rodovia dos Imigrantes, foram realizadas sem um real de dinheiro público.

No campo político, Alckmin é a antítese da ineficiência do governo do presidente Lula, que misturou o público com o privado e sobrepôs os interesses do PT aos dos cidadãos. O governador paulista representa o novo no atual cenário político brasileiro, e o eleitorado dá seguidas demonstrações de querer renovação. O seu perfil tem a dimensão de um estadista: homem íntegro, sério, ético, preparado, que trabalha muito e fala pouco, com grande capacidade administrativa e um amplo leque de serviços prestados ao país. Soma-se a isso, a sua experiência de seis anos como vice-governador de Mário Covas e seis anos como chefe do Executivo paulista.

O governador de São Paulo, portanto, está preparado para comandar esse grande choque de gestão e implementar as mudanças necessárias que recolocarão o Brasil no cenário mundial, com desenvolvimento econômico e social.

O prefeito José Serra, por sua vez, está no começo de uma jornada para recuperar a maior cidade do Brasil e inicia o trabalho com muita competência. Aliás, não foi por acaso que o PSDB o escolheu, de forma unânime, como o candidato para disputar a Prefeitura de São Paulo, mas justamente por ser o melhor quadro tucano capaz de enfrentar o desafio de transformar a capital paulista em uma cidade mundial.

Enfim, por esses motivos, a candidatura de Geraldo Alckmin é natural, como já manifestaram publicamente dirigentes do PSDB. A naturalidade, tão importante em todas as áreas da atividade humana, é uma exigência na política quando se trata de eleição majoritária.