Título: Renan cobra do partido mais opções para as prévias
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 22/02/2006, País, p. A4

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse ontem que não tem preferência por nenhum dos atuais pré-candidatos do partido à Presidência da República. Em vez de centralizar o debate nos atuais nomes lançados - o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, e o ex-governador e secretário licenciado do Rio, Anthony Garotinho -, Calheiros disse que preferia contar com mais opções.

Ao mesmo tempo, Renan sinalizou que também não abandonou a idéia de costurar uma aliança com o PT.

- Tenho separado bem as duas coisas. Uma coisa é a governabilidade e o que o PMDB significa de estratégia em relação a ela. Outra, é a eleição e as alianças que poderão acontecer ou não.

Sobre os pré-candidatos do partido, Renan disse não ter preferência.

- Também não tenho opção pelos dois nomes postos. Não é mineirice, não. É que eu gostaria que nós tivéssemos mais alternativas - disse Calheiros após participar de assinatura de convênio entre o Ministério das Comunicações e a Prefeitura de Maceió para a instalação de telecentros na cidade.

Entre os nomes alternativos citados por Calheiros estão os governadores Roberto Requião (PR), Jarbas Vasconcelos (PE), o ministro das Comunicações, Hélio Costa (MG), e o ex-presidente Itamar Franco.

O senador voltou a defender o adiamento das eleições prévias do PMDB, marcadas para 19 de março.

- O ideal era que nós definíssemos isso mais adiante, porque poderíamos incluir mais pessoas na decisão - reforçou. Para ele, as prévias poderiam ser adiadas para junho. - Eu não entendo a necessidade delas (as prévias) agora em março. Acho que as prévias legitimam, democratizam. Mas elas não precisavam acontecer agora em 19 de março. Vamos ter até 10 de junho, quando começam as convenções oficialmente.

Renan negou que vá trabalhar contra a realização das prévias em março.

- Eu não vou brigar por isso porque o PMDB brigou tanto. Agora temos que somar esforços para transformar a força do partido, que é indiscutível do ponto de vista regional, em força nacional para, tendo candidato, ir para o segundo turno e, quem sabe, ganhar a eleição - afirmou. Apesar de não mostrar preferência, diz respeitar as atuais pré-candidaturas. - Eu os respeito (Garotinho e Rigotto), me dou bem com os dois, orientei o partido a recebê-los no estado. Eles gostariam de deixar os cargos antes do dia 1º. (Com Folhapress)