Título: PFL quer lançar Afif ao governo de São Paulo
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 25/02/2006, País, p. A3

Depois de mais de 12 anos de coligação com o PSDB em São Paulo, o PFL paulista está disposto a lançar candidato próprio para a sucessão estadual. Mesmo no caso de uma possível aliança com os tucanos, os pefelistas indicam que vão insistir para ter a cabeça de uma eventual chapa.

O PFL cerrou fileiras em torno do empresário Guilherme Afif Domingos, que já teria indicado a disposição em sair candidato. Hoje, os tucanos ainda estão às voltas com quatro ou cinco nomes para a sucessão estadual, a exemplo do vereador José Anibal, o deputado federal Alberto Goldman.

- O PFL preparou-se no estado para disputar a candidatura - diz o primeiro-secretário do partido e deputado estadual Rodrigo Garcia.

Para o também presidente da Assembléia Legislativa, Rodrigo Garcia, a decisão ainda está atrelada a uma definição nacional. Os pefelistas ainda aguardam o desfecho da novela tucana sobre a aliança para as eleições de outubro.

- Sem dúvida, o cenário nacional vai influenciar o cenário estadual. Agora, nós já definimos nosso candidato e eles (os tucanos) têm de definir também o deles. A partir daí, nós vamos sentar e conversar - afirma, admitindo que os pefelistas vão insistir em torno de Afif.

- O PFL se reestruturou no Estado. Temos a vice-governança do estado, a vice-prefeitura, uma boa bancada estadual, um senador, uma boa bancada federal - diz Garcia.

Na ''base'' do partido, o tom é ainda mais elevado em torno da candidatura própria.

- O Paulo Renato e o José Anibal são pessoas ótimas e têm bastante respeito dentro do partido, mas acho que eles não têm status para ser cabeça de chapa do PFL, como o ex-presidente Fernando Henrique ou o prefeito José Serra. Eles, sim, teriam status para ser cabeça de chapa - afirma o deputado José Caldini Crespo, que acrescenta: - Eu não ouço ninguém falando diferente (de uma candidatura própria). Agora, ainda não é a posição oficial, porque não houve a reunião para definir isso. Não é oficial, mas é consensual.