Título: Fiesp defende real mais fraco
Autor: Raymundo de Oliveira
Fonte: Jornal do Brasil, 23/11/2004, Economia, p. A17

Aumentar as exportações brasileiras em euro, libra e outras moedas foi a saída apontada ontem pelo ministro do Desenvolvimento e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, como a melhor alternativa para que os exportadores possam enfrentar a desvalorização da moeda nacional frente ao dólar. Já o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Benedicto Fonseca Moreira, e seu colega da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf, afirmam que o governo deveria manter o patamar da cotação da moeda norte-americana em torno de R$ 3. - Não é de uma hora para outra que se fecham os contratos de exportação e a cotação em torno de R$ 3, o governo querendo, é razoável - disse Skaf em São Paulo, onde teve início o 24º Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex). De acordo com o ministro, uma cesta de moeda para os exportadores seria a garantia de não ficar exposto a uma desvalorização, como a registrada nos últimos meses e intensificada nas duas últimas semanas.

Furlan afirmou que a expectativa para 2005 é que o crescimento nas exportações brasileiras fique bem abaixo do registrado em 2004 por conta de limites internos, como infra-estrutura de transportes, mas o governo prevê que o volume de exportações ultrapasse os US$ 100 bilhões. Segundo ele, o comércio com a China deve saltar dos US$ 10 bilhões atuais para US$ 20 bilhões até 2006.

Furlan afirmou, ainda, que já se reuniu com o novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega.

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