Título: Polícia apreende explosivo
Autor: Marcello Gazzaneo
Fonte: Jornal do Brasil, 17/03/2006, Rio, p. A13

Um explosivo usado pelas Forças Armadas foi deixado por dois bandidos na Estrada das Canoas, a menos de um quilômetro do prédio abandonado conhecido como esqueleto. A construção é a mesma onde o Exército informou ter encontrado, terça-feira, os 10 fuzis e a pistola roubados do quartel de São Cristóvão. O artefato apreendido ontem por policiais militares do 23º BPM (Leblon) é um explosivo de gás lacrimogêneo. Por volta da meia-noite de ontem, dois soldados que patrulhavam a estrada encontraram dois homens numa moto, sem usarem capacete, carregando uma mochila. De acordo com a polícia, a patrulha se aproximou dos suspeitos, que dispararam contra os PMs. Depois do tiroteio, os bandidos largaram a mochila e fugiram pela estrada.

Além da bomba de gás lacrimogêneo, havia outras duas granadas de fabricação artesanal e dois revólveres - um calibre 22 e outro 32. Apesar de o local do confronto ser próximo de onde foram recuperados o armamento do Exército, o major Marcelo Parrini, subcomandante de operações do 23º BPM, afirmou que este é um caso isolado.

- Normalmente o batalhão mantém policiais circulando próximo ao esqueleto, por ser um prédio abandonado. Tentamos ainda fazer um cerco para capturá-los, mas a moto os ajudou a escapar - explicou o major.

De acordo com o tenente-coronel Fernando Lemos, do setor de comunicação social do Comando Militar do Leste, não há notificações de que as bombas tenham sido desviadas da corporação.

No mesmo horário do confronto na Estrada das Canoas, a Polícia Militar também apreendeu, em Piabetá, uma sacola com 615 balas de fuzil calibre 5,56, de uso controlado pelas Forças Armadas.

Quatro pessoas foram presas em flagrante quando foram paradas pelos policiais militares no entroncamento da Rodovias União Indústria com a Rio-Teresópolis.

Os presos, com idades entre 19 e 31 anos, tentaram subornar os policiais com a oferta de R$ 50 mil. A sacola com a munição não estava escondida, guardada ao lado de um dos bancos da van usada pelos acusados. De acordo com o 34º BPM (Magé), os projéteis seriam levados para a Favela Santa Lúcia, em Duque de Caxias.