Título: Alckmin sobe e embola eleição
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Fonte: Jornal do Brasil, 12/03/2006, País, p. A3

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ganhou mais um argumento para consolidar a indicação como candidato tucano ao Planalto: a pesquisa JB-IBPS indica que ele subiu cinco pontos, em relação aos números divulgados em fevereiro, chegando a 21,9%. Enquanto isso, José Serra desceu de 35% para menos de 30%. Em ambos os casos foram computados os votos nulos e em branco. Na simulação para o segundo turno, computados apenas os votos válidos, José Serra mantém ligeira vantagem sobre Lula com 51,41 contra 48,59%. Na mesma situação, quando entra Alckmin, Lula ganha por margem apertada: 53,08% contra 46,92%. Quando o oponente é Garotinho, a vitória de Lula é folgada: 66,88% a 33,12%.

Em todos os cenários, Lula lidera a pesquisa no primeiro turno. Computados apenas os votos válidos, tem 42,31%, contra 34,94% de Serra, 10,25% de Garotinho e 8,69% de Heloísa Helena. Os outros candidatos incluídos na pesquisa têm votações inexpressivas, incluindo Germano Rigotto.

Quando Serra é substituído por Alckmin, a vantagem de Lula aumenta - 41,44% a 26,39% -, assim como os votos dados a Garotinho (14,55%) e Heloísa Helena (10,01%).

Quando os pesquisadores pedem que os entrevistados comparem os governos Lula e Fernando Henrique, a vantagem é para o atual presidente: 44% consideram o governo Lula ''melhor'' ou ''muito melhor'' que o de FH, enquanto 33% consideram ''igual'' e 31 ''pior'' ou ''muito pior''.

Isoladamente, o governo é tachado de ''regular'' por 41%, ''bom'' por 36% e ''ruim'' por 22% dos entrevistados.

Quando o entrevistado é instado a comparar os índices de corrupção nos dois governos, a vantagem vai para Fernando Henrique. Embora 43% considerem que os níveis são idênticos, 33% avaliam que a corrupção é maior na administração atual, enquanto 21% opinam que é menor do que nos mandatos de FH.

Nos dois principais cenários, com Serra ou com Alckmin, Garotinho é o que apresenta maior índice de rejeição, seguido de perto por Lula.

A grande maioria das pessoas ouvidas (77%) demonstrou não simpatizar com nenhum partido em especial. O PT tem a simpatia de 13% e o PSDB, de 3%. Ambos os partidos também são os mais rejeitados: o PT com um índice de 18% e o PSDB com 4%.

O desemprego permanece liderando o ranking como o principal problema do país, como responderam 22% dos entrevistados, secundado pela criminalidade (18%) e e pela pobreza e miséria (11%).

Ao analisarem os desempenhos setoriais do atual governo, 31% dos entrevistados apontaram a saúde como a pior área, seguida pela segurança (26%) e a educação (11%).

Registrada no Tribunal Superior eleitoral sob o número 2.444/2006, a pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 9 de março em todo o país, com 1.913 entrevistas realizadas em 155 municípios. A margem de erro é de 2,2%.