Título: DF adere à nova política de trânsito
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Fonte: Jornal do Brasil, 07/12/2004, Brasília, p. D3

Meta é reduzir a violência nas vias, hoje, uma questão de saúde pública, por meio da educação e da fiscalização

O DF está oficialmente inserido na nova política de trânsito do Governo Federal. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) apresentou, ontem, a representantes de diversos órgãos brasilienses ligados ao assunto quais as metas para reduzir a violência no trânsito. Entre elas, estão a implantação de programas educacionais a crianças, um sistema de fiscalização automática de veículos, disciplinar a circulação de motocicletas nas ruas e realizar um ''provão'' nacional com os instrutores de auto-escolas. A reunião aconteceu no auditório do Departamento de Estradas e de Rodagens (DER). Além deste órgão, compareceram à solenidade representantes do Detran, Batalhão de Trânsito, Departamento Nacional de Infra-Estrutura (Denit), Junta Administrativa de Recursos de Infrações e outros. Para o Denatran, a violência no trânsito é um problema de saúde pública. De acordo com o diretor jurídico do órgão, Fábio Antinoro, o País gasta R$ 5,3 bilhões por ano com o tratamento das vítimas no trânsito.

- Brasília, por ser a sede do poder, tem uma situação melhor, e até considerada referência. Mas, em geral, a situação do trânsito no País é uma calamidade - disse Antenoro.

O diretor anunciou a implantação do programa de Inspeção Técnica Veicular (ITV) até dezembro do ano que vem. Trata-se de um certificado emitido por um engenheiro sobre a situação do veículo. É bem mais do que uma vistoria. Todo carro terá que ter esse certificado.

Segundo Antenoro, outra meta é a implantar um sistema de fiscalização eletrônica - um chip - em todos os veículos, até dezembro de 2006. Assim, os Detrans poderão ter controle absoluto dos veículos.

- Cada cidade vai ter uma espécie de antena, capaz de fiscalizar a velocidade dos veículos em qualquer local da cidade, e não em apenas um ponto específico, como fazem os pardais hoje - comentou.

O diretor do DER, Américo Brasil, disse que a implantação da política nacional vem dar força ao Código Nacional de Trânsito, que ''não está bem resolvido''.

Para Marcelo Granja, diretor da Divisão de Educação do Detran, o órgão brasiliense já se destaca no que a nova política de trânsito do governo federal se refere a questão de educação. (LB)