Título: Faltam áreas de lazer nas satélites
Autor: Gustavo Igreja
Fonte: Jornal do Brasil, 17/01/2005, Brasília, p. D6

Para a vice-governadora Maria Abadia, que também compareceu ao lançamento, o complexo era uma necessidade porque, ''embora 90% da população do DF viva nas satélites'', não existe nessas cidades estruturas que suportem eventos de lazer como shows e outras atrações culturais, que sempre ocorrem no Plano Piloto. - Essa obra mostra o empenho do governo em dotar as satélites com equipamentos culturais e de lazer. O setor cultural é um dos que mais geram empregos hoje no mundo - justificou.

De acordo com o administrador de Taguatinga, José Humberto Pires, concluída essa primeira fase, 15% do Taguapark já estará disponível à comunidade para caminhadas e atividades de lazer. O uso dos R$ 30 milhões, no entanto, será discutido em audiências públicas com a população da cidade, para que ela decida que estruturas serão prioridade no projeto.

- As licitações só começam depois que essas discussões com os moradores de Taguatinga acontecerem. Foi uma surpresa para nós, da administração, esse presente de saber que a verba já estaria disponível. De imediato, construiremos a pista de atletismo requisitada há muito tempo pelos atletas da cidade, ensinados pelo campeão olímpico Joaquim Cruz, natural daqui - completa.

Um dos idealizadores do projeto, o arquiteto José do Egito ressalta ainda que, desde o início, foi uma preocupação criar uma área de lazer ''proporcional à importância de Taguatinga'' mas que tivesse viabilidade econômica.

- Por isso não é como um parque normal. Embora o que mais precisamos na cidade seja de áreas verdes, o Taguapark será também um centro econômico, em que serão vendidos lotes à iniciativa privada - diz ele.

Da própria licitação dos lotes deve vir o restante do dinheiro que será usado no empreendimento pelo governo.