Título: Taguapark começa a sair do papel
Autor: Gustavo Igreja
Fonte: Jornal do Brasil, 17/01/2005, Brasília, p. D6

Uma reivindicação antiga dos moradores de Taguatinga está, enfim, próxima de virar realidade. A partir de hoje, a Administração Regional da cidade terá em caixa R$ 30 milhões para dar início à criação de um complexo cultural, desportivo e de lazer na região, projeto que atenderá em torno de um milhão de pessoas e que deve ser concluído, a princípio, em quatro anos. A liberação da verba foi anunciada ontem pelo governador Joaquim Roriz, durante a solenidade de lançamento do complexo que terá tamanho equivalente a 130 campos de futebol e se chamará Taguapark. A obra já começou e deverá ter a etapa mais simples concluída provavelmente em março. Toda a área - uma faixa de terra da Terracap que acompanha o Pistão Norte, em Taguatinga, do início da pista até o encontro com a Via Estrutural - será limpa, plantada e circundada por uma ciclovia que demarcará os limites do empreendimento. Alvo de diversas disputas entre o GDF e invasores, o terreno está cercado e, segundo o secretário de Obras do DF, Tadeu Filipelli, livre para ser construído, sem qualquer restrição ambiental.

- Está tudo pronto para começar. Essa verba já liberada pelo governador será usada para a dar a infra-estrutura necessária ao projeto e para a construção dos empreendimentos que serão feitos em parceria com a iniciativa privada - explicou Filipelli.

Para o governador Joaquim Roriz, o empreendimento está seguramente entre os mais importantes de seu governo e só pode ser comparado à terceira ponte do Lago Sul, a Ponte JK. De acordo com ele, o complexo trará a Taguatinga estruturas há muito reclamadas pela população daquela cidade, mas também de Ceilândia e de Vicente Pires, ''que não contam com um teatro ou qualquer opção de cultura''.

- O investimento do GDF nessa área é muito importante. A população daqui precisa disso. O Taguapark terá teatros, quadras esportivas, comércio, áreas para caminhar, uma infinidade de estruturas que fortalecerão o turismo na região e que servirão como atração de hotéis para cá. Dinheiro para construir eu não discuto porque nunca me faltou. Eu arrumo - afirmou Roriz, ressaltando que, no DF, não há previsão de empreendimentos como esses em outras satélites até por conta da indisponibilidade de áreas.