Título: Lula prevê construção de 15 hidrelétricas em 2005
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Fonte: Jornal do Brasil, 12/01/2005, Economia, p. A17

Foi com promessas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou ontem a usina hidrelétrica Monte Claro, no município de Veranópolis, no Rio Grande do Sul. Lula anunciou ontem a construção de mais 15 hidrelétricas este ano no país, o que representará um aumento de 4.742 megawatts de potência à matriz energética brasileira e investimentos da ordem de R$ 2,5 bilhões. Também serão gerados 28.400 novos empregos.

Lula enfatizou que o país está investindo e vai investir muito mais em infra-estrutura, especialmente na geração de energia para que o país continue a crescer.

O presidente informou ainda que o Ministério de Minas e Energia também licitará, ainda em 2005, outras 17 hidrelétricas com potencial para gerar mais 2.800 megawatts de energia.

- Tenho certeza de que vamos ter a energia necessária para sustentar o nosso desenvolvimento - afirmou.

A usina de Monte Claro, localizada entre os municípios de Bento Gonçalves e Veranópolis, recebeu investimentos de R$ 242,27 milhões e gerou 4.870 empregos diretos e indiretos.

- Quero lembrar que o Complexo Energético Rio das Antas, do qual faz parte a usina de Monte Claro, constitui-se o primeiro processo de avaliação integrada de bacia realizado no país para fim de licenciamento ambiental - lembrou Lula.

A Usina de Monte Claro acrescentará 130 megawatts de potência ao sistema, que vão se somar aos 230 megawatts que serão produzidos quando entrarem em operação as usinas Castro Alves e 14 de Julho, que integram o Complexo Energético Rio das Antas.

- No total, serão 360 megawatts de capacidade instalada, o que permitirá atender a quase 10% da demanda do estado do Rio Grande do Sul. A previsão é de que o Complexo esteja concluído em 2007, devendo gerar na construção das outras duas usinas cerca de três mil empregos diretos e oito mil indiretos - informou Lula.

Lula anunciou ainda que, no final de março ou início de abril, realizará um encontro com empresários brasileiros e estrangeiros para discutir as Parcerias Público Privadas. Ele espera definir ainda o que pode ser feito pelos empresários e pelo BNDES.