Título: Okamotto toma posse com otimismo
Autor: Sérgio Pardellas
Fonte: Jornal do Brasil, 19/01/2005, País, p. A3
O novo diretor-presidente do Serviço Nacional de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), Paulo Okamotto, tomou posse ontem dizendo acreditar que 2005 será um ano decisivo para as micro e pequenas empresas, no sentido da construção no Congresso de uma legislação específica para este setor empresarial. Okamotto substitui Silvano Gianni na presidência do órgão.
A aposta do novo comandante do Sebrae é que o projeto de Lei da Pré-empresa, já enviado ao legislativo, no ano passado, tenha uma tramitação rápida e se transforme num alicerce para a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Segundo Okamotto, o projeto traz conceitos que deixará clara a relevância do segmento para o desenvolvimento econômico e social do país.
- As micro e pequenas empresas precisam ganhar mais eficiência e relevância na economia nacional - afirmou, em seu discurso. Atualmente existem mais de 12 milhões de empreendimentos com esta classificação, que geram aproximadamente 30 milhões de empregos.
Entre os projetos administrativos da nova gestão da entidade, está a reestruturação do atendimento aos empreendedores, com a expansão dos projetos de orientação empresarial, consultoria e cursos de capacitação.
Durante a posse de Okamotto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o mercado nacional de microcrédito tem se consolidado por apresentar juros inferiores à média do mercado. Lula disse que para os menos favorecidos, a taxa cobrada neste empréstimo está cada vez mais baixa.
Até o fim de novembro do ano passado essa modalidade foi responsável por emprestar mais de R$ 30 bilhões. O número tende a aumentar ainda mais por considerar que cerca de 17 milhões entre aposentados e pensionistas terão acesso a esse tipo de empréstimo.
- Na verdade, estamos construindo o mercado nacional do microcrédito, e o desconto em folha é a modalidade que mais cresce - disse o presidente.
Ele ressaltou que a facilidade ao crédito tem atingindo não apenas pessoas físicas, mas também pequenos empreendedores. Por conta disso, Lula disse acreditar que o país está recebendo um ''choque de crédito''.