Título: Exército questiona tamanho de reserva em Roraima
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 16/04/2008, País, p. A6

O presidente do Clube Militar do Rio de Janeiro, general Gilberto Barbosa Figueredo, justificou a ausência do Exército na operação da Polícia Federal (PF) denominada Upatakon III, que visa retirar todos os não-indígenas da reserva Raposa Serra do Sol, questionando o tamanho da área. ­ O Exército não é contra a Polícia Federal ­ afirma o general Figueredo. ­ O Exército é contra pegar uma área do Brasil e dizer que não-índio não pode. É uma área imensa para uma pequena população. Os arrozeiros que trabalham e produzem também são brasileiros e também devem ter seus direitos garantidos ­ afirma. A reserva Raposa Serra do Sol, localizada no nordeste do Estado de Roraima, tem 1,7 milhão de hectares. Ela foi oficializada durante o primeiro governo Lula, mais precisamente em 2005. A decisão foi tomada após vários estudos terem sido feitos pelo governo. O general organiza de hoje até sexta o seminário Brasil, ameaças à sua soberania. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomendou ontem ao advogado-geral da União, José Antonio Toffoli, que trabalhe para convencer os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a manter o tamanho e o formato atual da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima Outro grande problema causado pela demarcação de uma área contínua é o medo que ela afete a soberania nacional, já que a reserva faz fronteira com dois países: Guiana e Venezuela. O general Figueredo afirma que, grande parte dos especialistas no Amazonas acreditam no modelo de demarcação por ilhas. ­ Dessa maneira, poderíamos manter a presença de dezenas de pequenos agricultores. Desde sua homologação, os produtores de arroz da região tem entrado com diversas ações na Justiça, questionando a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Em junho do ano passado, o STF declarou a ho