Título: No ato contra a droga, mais fiscalização
Autor: Thurler, Fernanda
Fonte: Jornal do Brasil, 03/05/2008, Cidade, p. A11

Os fiscais do Tribunal Regional Eleitoral também vão tentar coibir casos de propaganda extemporânea na Marcha da Família, caminhada organizada pela presidente da Comissão de Prevenção às Drogas da Câmara Municipal, vereadora Silvia Pontes (DEM).

¿ O movimento não pode ser usado para fazer campanha e se promover. Como vereadores confirmaram a presença, pode haver alguma irregularidade, como faixa ou carro de som ¿ adiantou Luiz Fernando Santa Brígida, chefe da fiscalização do TRE no Rio.

Por Copacabana

A Marcha da Família será realizada amanhã, às 9h. A concentração está marcada para a esquina da Rua Santa Clara com Avenida Atlântica, em Copacabana, e a caminhada vai seguir até o Posto Seis.

¿ A Marcha da Família é suprapartidária e ecumênica. Essa não é uma iniciativa da vereadora, e sim da comissão, que, aliás, convidou o TRE. Não há nenhum enfoque político na mobilização ¿ garantiu Silvia.

A presidente da comissão informou que dez vereadores confirmaram presença. Entre eles, Cláudio Cavalcanti, Ivan Moreira e Paulo Cerri, todos do Democratas. Para justificar a problemática das drogas no país, Silvia explicou que antes o Brasil era considerado apenas um país de rota da maconha, mas hoje já é o segundo maior consumidor.

¿ Essa não é uma mobilização apenas contra a maconha, é contra as drogas em geral. E as duas ferramentas capazes de resgatar os dependentes químicos são o esporte e, principalmente, a família. Por isso o nome é Marcha da Família ¿ concluiu.

Dia de muito trabalho para os fiscais do TRE. Depois de passar a manhã em Copacabana, na Marcha da Família, e o início da tarde em Ipanema, na Marcha da Maconha, a equipe segue para o Maracanã. Como a final do Campeonato Carioca promete reunir uma multidão, o chefe da fiscalização aposta em irregularidade.

Torcida ilegal

¿ Em duas incertas, nós já conseguimos apreender uma bandeira de torcida de 17 x 33 metros com propaganda do deputado estadual Tucalo Dias (PSC), que seria candidato a prefeito em Maricá, na Região dos Lagos; e um carro de som cheio de adesivos do professor Uoston, que já foi vereador pelo PMDB, mas não conseguiu se reeleger nas últimas eleições ¿ relatou Brígida.