Título: Gabrielli diz que Maranhão terá sua refinaria
Autor: Leandro, Eloisa
Fonte: Jornal do Brasil, 27/05/2008, Economia, p. A18

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou ontem que a refinaria Premium deverá mesmo ser instalada no Maranhão. Gabrielli disse ainda que há outros estudos em andamento no mesmo Estado.

¿ Os estudos (de viabilidade técnica e econômica) estão sendo concluídos, têm várias etapas sendo feitas, e até agora indicam a localização da refinaria no Maranhão ¿ declarou o presidente da Petrobras, após apresentar o pacote que prevê US$ 5 bilhões para a encomenda de 146 navios de apoio à exploração e produção de petróleo, em Niterói, região metropolitana do Rio.

A refinaria Premium terá capacidade para 500 mil barris/dia e deverá operar a partir de 2014. A unidade terá equipamentos de última geração, que irá permitir a produção de gasolina de alta qualidade. Parte desse volume será vendida no mercado internacional.

Equilíbrio

Na avaliação de Gabrielli, a demanda e a oferta de petróleo estão equilibradas e não oferecem risco de elevações de preço.

¿ O crescimento da oferta está dentro do previsto, em torno de 1,8%, e o crescimento da demanda mundial está nesse nível. Não tem porque esperar uma diferença entre oferta e demanda pelos dados atuais. Um elemento importante da volatilidade, nas variações de curto prazo do preço do petróleo, decorre muito mais da entrada e saída de capitais financeiros do mercado do que de fundamentos de mercado do petróleo ¿ afirmou.

Ao classificar o mercado de álcool brasileiro de bastante promissor, Grabrielli afirmou ter o apoio de grandes empresas de petróleo para investir no combustível e negou haver qualquer tipo de lobby no mercado contra o produto.

Não há lobby

¿ Acho que a maior parte das grandes empresas de petróleo hoje é favorável à idéia de que os biocombustíveis vão desempenhar um papel importante. Todas as grandes empresas acham que esse mercado não vai substituir o petróleo, mas uma parcela dele, e o volume dessa parcela depende das empresas. A nossa visão é que vai ser um volume maior do que outras empresas, mas eu não acredito que haja um lobby ativo da maior parte das grandes empresas contra o álcool ¿ concluiu o presidente da Petrobras.