Título: Prefeitura fiscaliza abusos
Autor: Waleska Borges
Fonte: Jornal do Brasil, 18/02/2005, Rio, p. A15
Para coibir atividades clandestinas de vans, táxis e prestadoras de serviços que atuam no Corcovado, o secretário especial de Turismo e presidente da RioTur, Rubem Medida, prometeu mais fiscalização. O secretário vai comunicar os abusos de preços aos órgãos da prefeitura, entre eles, a Secretaria Municipal de Transporte. Depois de ter sido informado da exploração dos serviços na região, Medina disse que tomaria providências ainda ontem. - A exploração de turistas é um absurdo e deve ser coibida. No fim do ano passado, aumentamos a fiscalização e os preços voltaram ao normal - conta Medina.
Segundo coordenador regional da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos, na Zona Sul, Júlio Ulman, há uma dificuldade para punir os taxistas que cobram taxas abusivas. Segundo ele, os fiscais precisam de um flagrante para registrar a cobrança. A fiscalização, geralmente, é feita em conjunto com a Polícia Militar nos documentos dos veículos.
- Existe uma tabela da prefeitura que determina o valor das tarifas cobradas pelos taxistas - informa Ulman.
De acordo com a tabela da prefeitura, para cada quilômetro rodado - pela bandeira 1 - deve ser cobrado R$ 0,89. Na bandeira 2, o valor é R$1,89. Os valores são cobrados a partir da bandeirada inicial de R$ 3,30. A prefeitura também estabelece R$ 12,35 por cada hora que o taxista espera parado um passageiro.
- Nos casos das ladeiras e dos locais íngremes, o taxista pode usar a bandeira 2 - explica Ulman.
Segundo ele, o taxista flagrado fazendo uma cobrança abusiva pode ser punido com a cassação da permissão. As denúncias de cobrança indevida podem ser feitas na Ouvidoria da Secretaria Municipal de Transportes pelos telefones: 2435-9514 ou 2435-9561.
Do outro lado das denúncias de exploração, os taxistas de cooperativas se defendem. Segundo eles, os preços não são abusivos.
- Cobramos o que mostra no relógio. A corrida do Cosme Velho até o monumento custa R$ 18 - assegura um motorista que preferiu não se identificar, lembrando que o trajeto é cobrado na bandeira 2.
Segundo um outro taxista, quando o valor cobrado para transportar um turista chega a R$ 30 é porque o motorista ficou à disposição do passageiro. Apesar das declarações do taxistas, ontem, enquanto a reportagem do JB estava no local, vários turistas reclamavam do abuso da cobrança pelo passeio.
- Não vamos permitir que isso aconteça mais - diz Medina.