Menopausa e saúde da mulher após os 50 anos

29 MILHÕES DE BRASILEIRAS ESTÃO NA MENOPAUSA E UMA PESQUISA DA OMS, A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, APONTA QUE 80% DAS MULHERES NA MENOPAUSA APRESENTAM SINTOMAS NEUROPSIQUIÁTRICOS. O COMITÊ PERMANENTE PELA PROMOÇÃO DA IGUALDADE DE GÊNERO E RAÇA DO SENADO FEDERAL REALIZOU, NO ÚLTIMO DIA 31, UMA PALESTRA SOBRE A SAÚDE DA MULHER APÓS OS 50 ANOS. QUEM NOS TRAZ MAIS INFORMAÇÕES É A REPÓRTER JÚLIA FERNANDES.  A menopausa ainda é um tabu para muitas mulheres e apresenta desafios que vão além das ondas de calor e das mudanças hormonais: questões como saúde mental, autoestima e vida sexual são impactadas diretamente. A diretora geral do Senado Federal Ilana Trombka, destacou a importância da discussão do tema.   Não é que 82% das mulheres na menopausa estão em depressão, mas elas relatam sintomas de depressão. 37% das mulheres na menopausa têm vergonha de admitir que estão na menopausa, porque tem medo de serem rotuladas. E é sobre isso que a gente quer falar.  Para ginecologista e sexóloga Renata Ribeiro, a sexualidade das mulheres acima dos 50 anos é diretamente afetada por fatores hormonais e de saúde e a medicina precisa olhar esse período com mais atenção.  Aos 20 e 30 anos, a maioria dos problemas sexuais é a falta de conhecimento, tabus, estímulos inadequados. Quando ela chega aos 30, 45, aí são fatores psicológicos, culturais, fatores conjugais, impacto de doenças e medicações, tudo isso pode impactar. Mas e depois dos 45, 50? Aí nós temos todas as causas anteriores e mais os impactos da menopausa. Os palestrantes destacaram que a qualidade de vida da mulher na menopausa depende de acolhimento, atendimento adequado e principalmente acesso à informação.  Por isso é essencial quebrar tabus e abrir espaço para o diálogo sobre saúde e sexualidade após os 50 anos e mostrar para a mulher que ela não precisa atravessar essa fase em isolamento. Da Rádio Senado, com supervisão de Ana Beatriz Santos, Júlia Fernandes.