Título: Lodo a céu aberto é problema
Autor: Lorenna Rodrigues
Fonte: Jornal do Brasil, 21/02/2005, Brasília, p. D6

A Estação de Tratamento de Esgoto Sul (ETE/Sul), que fica ás margens do Lago Paranoá, do lado da Usina de Tratamento de Lixo, joga no lago apenas água limpa. O esgoto que chega á estação é tratado e dele tirado todo resíduo, que é secado e forma o chamado lodo do esgoto. Durante a secagem, a céu aberto no pátio da usina, o lodo exala um odor muito forte. - Antigamente nós não tínhamos problemas porque o lodo era utilizado como adubo por agricultores e não se acumulava nos pátios da ETE. Mas atualmente é proibido o uso do lodo na agricultura e ele se acumula na estação - explica Carlos Eduardo Borges, superintendente de Operações da Caesb. Borges explica que providências para acabar com o mau cheiro já estão sendo tomadas.

-Nós já estamos na fase final do projeto de desodorização do lodo, buscando recursos junto ao Banco Mundial. Além disso, estamos concluindo um outro projeto para a construção de locais fechados para a secagem do lodo para impedir que o mau cheiro se espalhe com o vento - explica o superintendente.

Segundo dados da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), cerca de 200 toneladas de lodo de esgoto são produzidos no Distrito Federal. Para regularizar o uso do lodo, a Semarh formou um grupo com oito outros órgãos, entre eles a Caesb e o Ministério Público.

- O grupo se reúne semanalmente para estudar e discutir uma maneira responsável e fundamentada para o uso do lodo - afirma a secretária Vandercy Antônia de Camargos.

Segundo a secretária o grupo já chegou a algumas conclusões, como a possibilidade do lodo como adubo, exceto para hortaliças.

- Nossa meta é divulgar regras definitivas para o uso do lodo na Semana do Meio Ambiente, em junho deste ano - promete.