Título: Telefonica tem mais clientes no Brasil do que na Espanha
Autor: Totinick, Ludmilla
Fonte: Jornal do Brasil, 29/06/2008, Economia, p. E4

As empresas do Grupo Tele- fonica no Brasil (Telefonia fixa, Vivo, Atendo e Terra) têm mais clientes no Brasil do que na própria Espanha, onde fica a matriz. Diante de tantos frutos, a empresa decidiu investir, até 2010, R$ 15 bilhões nos setores de internet e banda larga neste lado do Atlântico. Desde 2006, metade do dinheiro já foi aplicado. Com relação ao faturamento, a Espanha ocupa a primeira posição e o Brasil, o segundo lugar. A empresa informa que a inflação sob controle, a queda dos juros nos últimos anos e o consumo aquecido colaboraram para que o país seja um mercado de destaque perante os outros 24 países onde a empresa tem fábricas. Líder do mercado mundial de aparelhos celulares, com 39% de participação, a finlandesa Nokia é outra que comemora os resultados dos investimentos no país. No Brasil, a empresa lidera a venda de telefones, com fatia de 30,5%, segundo dados consolidados de Nielsen de 2007. O diretor de mercado da Nokia, Gustavo Jaramillo, diz que os resultados do ano passado posicionaram o Brasil entre os 10 principais mercados, e que a situação econômica favoreceu a situação. ­Passamos por uma onda de crescimento aqui no Brasil, especificamente em 2008, o cenário tem sido muito positivo ­ atesta o executivo da empresa. Em 2007, a unidade brasileira teve vendas líquidas de US$ 1,960 bilhão. Em 2006, foram de US$ 1,3 bilhão. Segundo Jaramillo, o Brasil aparece junto com a China, Índia, Rússia e Espanha. O Pólo Industrial de Manaus é o maior exportador do mundo, responde por 33% do total de embarques nos primeiros cinco meses de 2008. Vendeu para o exterior quase US$ 150 milhões, um crescimento de 105%, na comparação com igual período de 2007. Mas o foco da empresa continua sendo o mercado brasileiro. No ano passado, a companhia investiu US$ 90,8 milhões em pesquisa e desenvolvimento, incluindo o Instituto Nokia de Tecnologia.Este ano, a companhia iniciou a produção do Nokia 5610, primeiro modelo de terceira geração feito no Brasil. Para Jaramillo, é um mercado altamente estratégico: ­ Fizemos uma reestruturação na virada do ano. Investiremos também no setor de serviços, pois no mercado há forte demanda..