Título: Mesmo assim, houve quedas no Norte e Centro-Oeste
Autor: Bruno, Raphael
Fonte: Jornal do Brasil, 01/07/2008, País, p. A7

Apesar da manutenção das avaliações positivas do governo como um todo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu quedas bruscas em alguns segmentos da população. No conjunto da Região Norte e Centro-Oeste, por exemplo, a avaliação Ótimo/Bom foi de 58%, contra 14% de Ruim/Péssimo e 27% de Regular. O saldo ainda assim positivo, de 44%, foi 13 pontos percentuais inferior ao registrado em março.

A queda no Norte surpreendeu até mesmo os pesquisadores da CNI. A região sempre foi considerada uma das trincheiras mais fortes da popularidade de Lula, onde o presidente acumulava índices semelhantes ao do Nordeste. Em junho, contudo, ela se aproximou mais das regiões Sul e Sudeste, nas quais a popularidade do governo ficou em 53% e 52%, respectivamente, do que no Nordeste, onde a avaliação alcançou os 71%.

Mas não foi só nos segmentos em que tradicionalmente Lula costuma ser bem avaliado que houve quedas bruscas em sua popularidade. Entre a população de renda mais elevada, grupo que o Planalto vinha se orgulhando de estar conquistando cada vez mais simpatia, a queda também foi acentuada.

Maior renda

Em junho, entre os entrevistados com renda superior a 10 salários mínimos, 39% declararam avaliar o governo como Ótimo ou Bom, 34% como Regular e 26% como Ruim ou Péssimo, queda de 18 pontos percentuais no saldo positivo do governo. Lula perdeu espaço ainda entre os entrevistados que moram em municípios capital de Estado, com 6 pontos percentais a menos no saldo positivo, e entre a população de 16 a 24 anos, com 7 pontos percentuais menos de saldo. (R. B.)