Título: O Rio não suporta mais um prefeito arrogante
Autor: Ramalho, Daniel
Fonte: Jornal do Brasil, 20/07/2008, Eleições Municipais, p. A8

A serenidade da fala e o cálculo das palavras entregam: Marcelo Crivella, candidato do Partido Republicano Brasileiro, é o líder na corrida rumo à prefeitura do Rio e, como tal, foi alçado à condição de favorito e de vidraça. Este carioca mal saído dos 50 anos, senador desde 2002 e botafoguense convicto é o nome a ser batido pelos demais candidatos. Seja pela liderança na disputa, seja pelo vínculo com a Igreja Universal, da qual é bispo licenciado, Crivella acostumou-se a ouvir o que chama hiperbolicamente de "baba envenenada do ódio". Mas as "injúrias" e as "calúnias" não o diminuem, nem o abalam, avisa.

Certo de que os níveis de rejeição ­ encontrados, sobretudo, na Zona Sul ­ vão exigir-lhe a superação da resistência religiosa, Crivella reafirma os laços com os evangélicos, mas sublinha a intenção de ser um "prefeito de todos". Acha que o Rio precisa de um político à frente da prefeitura, capaz de reduzir os desfiladeiros que hoje separam o comando da prefeitura dos governos federal e estadual. Afirma que os cariocas vivem numa cidade de dupla face: uma próspera, culta e robusta; outra marginalizada, triste e violenta. Critica o prefeito Cesar Maia e apresenta idéias para problemas como a favelização, o baixo nível da educação e os descalabros na saúde pública do Rio.

Crivella abre a série de entrevistas do JB com os candidatos. Acompanhado de auxiliares, o senador respondeu às perguntas de Marcos Troyjo, Tales Faria, José Aparecido Miguel, Rodrigo de Almeida, André Balocco e Marcelo Migliaccio. Os principais trechos, você lê a seguir.

Por que o senhor quer ser prefeito do Rio?

¿ Porque a minha visão é que temos hoje duas cidades. Quando, há quatro anos, propus o projeto Cimento Social, era para unir essas cidades. De um lado, há uma população com todos os serviços públicos, que se educa, que prospera, que é culta. Do outro, um Rio marginalizado, explorado, doente, triste. Esse é o epicentro da nossa crise. É aí que nasce a violência do Rio. Jamais teremos uma cidade culta, rica, influente e moderna nesse esquema de desenvolvimento. É preciso que o governo municipal se articule com o federal e faça no Rio de Janeiro um programa de cidade cidadã que se irradie pelo Brasil. Vivi 10 anos na África. Moçambique era, segundo a ONU, o país mais pobre do mundo, e nunca vi meninos vendendo cocaína com 14 ou 15 anos. Para minha amargura, vejo aqui. Nunca vi pessoas matando policiais, criança sendo arrastado em carros, assassinatos de inocentes em tiroteios sem fim. Isso não existe.

Só em estado de guerra...

¿ Só em estado de guerra. Mas quem, no cenário político do Rio, tem condições de fazer um projeto de cidade cidadã? Quem tem penetração nas comunidades carentes como eu, que durante 20 anos fui missionário entre eles? Quem é mais respeitado do que eu? Quem é capaz de fazer essa união? Quem é capaz de ter articulação com o governo federal, para trazer os recursos que precisamos? Não para fazer tudo, mas para iniciar esse trabalho? Acho que a paz que precisamos tem que nascer da justiça. O atual prefeito é técnico, com virtudes e defeitos, mas o Rio não precisa de um técnico. Precisa de um político que possa dar rumo ao processo civilizatório da sociedade. É importantíssimo que possamos nos unir, e que as pessoas que morem nas favelas tenham plena consciência de que temos que investir num corredor turístico e manter a Zona Sul impecável porque ali está nosso maior capital, o turismo, o entretenimento, a cultura. Mas é preciso também que a parte culta da cidade entenda que temos que fazer um programa de habitação muito maior do que nos tempos do Carlos Lacerda. Temos um técnico que governou a cidade mas não foi capaz de se articular com o governo de oposição para trazer as parcerias que precisávamos.

O projeto Cimento Social foi motivo de polêmica pelo episódio do Morro da Providência.

¿ Minha participação no projeto faz parte de minha atividade parlamentar. O projeto faz o resgate social de ampla parcela de nossa população mais humilde e garante os recursos orçamentários necessários à realização da obra.

O candidato Eduardo Paes (PMDB) também fala em união com o governo federal. Qual a diferença do seu discurso?

¿ Essa integração não nasce de um momento para o outro. Na vida política escrevemos uma trajetória. Enquanto eu era vice-líder do governo, Eduardo recolhia assinaturas para as CPIs que tentaram incriminar Lula e sua família. Com humildade, o Eduardo pode até construir essa aliança, mas acho que terei mais facilidade.

E a Jandira?

¿ A Jandira também. Embora a política dependa muito da índole, da natureza, da vocação de cada pessoa. O radicalismo acaba atrapalhando.

Gabeira?

¿ É o que mais encontrará dificuldades.

Como estão suas relações com o governador Cabral?

¿ Sempre defendi um governo de união e paz para o Rio. Quando perdi a última eleição para governador, disse a mim mesmo: perdi, mas não quero que o Rio perca. O Rio precisa de um governo de união e paz, portanto construí a parceria com o governador Cabral. Durante seus quatro anos no Senado, ele votou contra Lula o tempo todo. Mas a parceria tem sido importante para o Rio, com os investimentos da refinaria de Itaboraí, o Arco Metropolitano, as obras do PAC. No governo passado, poucas vezes o presidente Lula veio ao Rio. Na área municipal, o Rio precisa desenvolver um outro programa de saneamento e habitação. Há muitas pessoas querendo sair das comunidades. As pessoas estariam dispostas até a se mudar, o que facilitaria à prefeitura a abrir espaço para levar serviços públicos e até reflorestar. Mas para isso é fundamental implantarmos o maior programa de habitação que o Rio já viu. A ministra Dilma Rousseff ficou empolgada com o projeto. Tenho certeza que a coisa andará.

É remoção de favelas?

¿ A maneira civilizada de conter o aumento das favelas é dar oportunidade às famílias de comprar um imóvel. As famílias que tenham renda de 2 salários mínimos e possam ter acesso a subsídio dos governos federal, estadual e municipal e recursos do FGTS, Sistema Integrado de Interesse Social e o FAT poderão financiar casas de R$ 80 mil. Não há como se falar em remoção. Essas favelas foram ocupadas da maneira como foi feito o desenvolvimento econômico do Rio, pelos processos políticos históricos da exploração do homem pelo homem. Não há como tirar um bem que uma pessoa tem, porque não lhe foi dado o direito a um programa em habitação. Antigamente não acho que haveria interesse em sair dessas áreas, mas hoje eu acho, por causa da violência, da criminalidade, das doenças e porque as pessoas estão vendo que é possível morar num condomínio com piscina, área verde. Vai haver uma oportunidade de ouro que é o Arco Metropolitano, que rasgará as áreas rurais da Baixada Fluminense, onde poderão surgir cidades satélites, com planos de urbanização para a área.

Para tanto, o transporte pú- blico é fundamental. Sabemos que há um lobby muito forte nesse setor. Como enfrentá-lo?

-­ No nível municipal vou me- lhorar o trânsito com parceria da iniciativa privada, implantando um projeto que vi na Colômbia. Da Barra para o Centro podemos criar a terceira linha. Cabe no túnel, porque no meio, a parte mais alta do túnel, colocamos um ônibus em faixa exclusiva. Abrindo a terceira faixa no Zuzu Angel e na faixa do Joá, vamos dar uma aliviada e isso nos permite fazer o túnel da Grota Funda, também com parceria da iniciativa privada e duplicar a Av. das Américas, da Salvador Allende até o final do Recreio. Faz-se um grande corredor viário com fluxo. A entrada da Barra e saída pela Linha Amarela não é o ideal, mas atende. E o corredor T5, que é uma obra que precisa ser discutida com a sociedade, para ver se o trajeto é aquele mesmo. Estou disposto a discutir com os vereadores e mandar um projeto de lei destinando um percentual do orçamento de investimento da prefeitura para com o governo estadual e federal construir o metrô. Acho que senadores e deputados do Rio poderiam colocar todas as emendas para a construção do metrô. Não só a linha 4, que vai para a Barra, mas o metrô de superfície ligando a Central à Zona Oeste. E também o projeto para a Avenida Brasil, pelas pistas centrais com acesso vindo por cima. Isso já conversei com os empresários e eles já toparam fazer. Passa uma passarela pela Avenida Brasil, por cima, cai num corredor central.

É viável? Será necessário um longo trabalho de articulação.

­ - Por isso o Rio precisa de um político. O que adianta um prefeito saber calcular uma viga, uma estrada, se não souber conversar com a Câmara de Vereadores, com o Tribunal de Contas, com o Ministério Público, com a imprensa, com esse dilúvio de ódios e paixões que são as sociedades modernas? Por isso digo: o Rio precisa ter político com gosto pela conversa, uma paciência infinita. Hoje o Rio tem muito ódio.

O senhor se sente alvo do ódio, de algum tipo de raiva das Organizações Globo?

­ Não sou eu que digo. É o Iuperj. Um amigo me mandou um estudo do Iuperj sobre a cobertura eleitoral até aqui. E está lá. Cada letra de cada palavra, cada palavra de cada frase, cada frase de cada parágrafo vem escorrendo a baba envenenada do ódio. Quantas injúrias, quantas calúnias... Mas não me diminuem, não me abalam. Cresci no coração do nosso povo. Pode ver. Sou o primeiro nas pesquisas.

A que atribui esse ódio?

­ Eu não sei. Eu gostaria que o JB me dissesse (risos).

O senhor acredita que a cam- panha se desenvolverá em alto nível até o fim ou vai se tornar uma briga vergonhosa?

­ Será uma batalha sem trégua. Vai ter disposição de um campo minado, podem ter certeza.

O senador Aloizio Merca- dante quer mudar a distribuição dos royalties do petróleo. Que análise o senhor faz do projeto?

­ Acho indigno. São Paulo deveria ser a última voz a falar de distribuição dos royalties do petró leo. As riquezas naturais, minerais, humanas, não podem ser tocadas. O que ele fez foi uma resposta a uma lei aprovada na Câmara que dispensa 2% do ICMS para a origem e isso penaliza São Paulo, que tem a maior produção.

O governo pretende usar uma parte dos royalties para um fundo de educação. Concorda com isso?

­ Não. Voto contra. Se o pe- tróleo fosse perdurar para sempre, tudo bem. Esse bem não vai perdurar pra sempre e o royalty é exatamente para recompensar um estado que vai findar. O Rio é o segundo arrecadador de Imposto de Renda do país e o 18º a receber esse recurso de volta.

Não falta defesa mais enfática e organizada da bancada fluminense no Congresso?

­ O cidadão não se politiza, a imprensa não denuncia e os políticos sofrem a pressão do grupo do governador, do prefeito, do presidente e acabam muitas vezes deixando de se articular em projetos importantes para o Rio. Se continuarmos desse jeito, continuaremos construindo obras como a Cidade da Música, sem grande repercussão para os problemas do cotidiano carioca. O senhor elaborou uma carta compromisso e nela há itens opostos à doutrina dos evangélicos.

Teme perder adeptos na Igreja por isso?

­ A minha posição pessoal e religiosa todos conhecem. O voto é de acordo com essa consciência. Agora, em nível de prefeitura do Rio, são discussões que não têm a relevância ou a interferência de um prefeito como nos problemas do cotidiano que amarguram a vida dos cariocas. É bem verdade que muitos evangélicos poderão dizer que prometi não interferir no carnaval e eu vou dizer a eles que um prefeito não governa segundo suas convicções pessoais. Ele é um servidor do povo e o orçamento público e as ações da prefeitura têm que contemplar a todos. O Rio não suporta mais um prefeito arrogante que imponha suas idéias. O Rio precisa de um prefeito que seja de todos. Os evangélicos terão que entender.

Quando o vínculo evangé- lico lhe ajuda ou atrapalha?

­ Os evangélicos são uma classe emergente e extraordinária da sociedade brasileira, se educam, criam seus filhos, trabalham, são modestos no consumo. Costumam ir da casa para o trabalho, do trabalho para a igreja, da igreja para a casa, enfrentando toda essa diversidade. Constroem igrejas, templos enormes, meios de comunicação para divulgar as idéias de Cristos. Têm muito a contribuir para a vida política. Os princípios cristãos vão andar comigo a vida inteira. Mas o prefeito tem de respeitar gostos populares, a cultura, a diversidade religiosa e sexual. Tem o direito de discordar, mas tem de respeitar. E é assim que vou separar política de religião.

Acha que essa postura pre- judica seu futuro na Universal?

­ Acredito que não. Todos os evangélicos estão torcendo. Querem que um prefeito evangélico seja um prefeito de todos. Não querem um prefeito só dos evangélicos, porque sabem que isso não vai dar certo. O importante é diminuir ou erradicar a dengue, melhorar o PIB do Rio, aumentar a participação das famílias de baixa renda, fazer mais turismo.

O senhor é bispo ou não?

­ Sou e vou morrer bispo. Sou licenciado. Eu também sou engenheiro. Então tinham de falar em ex-bispo e ex-engenheiro, ex-professor, ex-militar.

Em que a igreja é importante para as pessoas?

­ Elas encontram na igreja o clube que não conseguem ter, o cinema, o teatro, e sobretudo o palco da sua vocação. Na igreja ela se senta para ouvir um músico, mesmo sendo o mais inexpressivo. Vocês não sabem o quanto é importante, para um sujeito que mora numa comunidade carente, comprar um carro, e ir no púlpito dizer: Gente, está aqui a chave do meu automóvel. As pessoas ficam alegres: Glória a Deus. A Igreja Universal, a que tenho a honra de pertencer desde a sua fundação, hoje está estabelecida em 170 paises do mundo. A maioria dos bispos da igreja são das favelas. A Record, por exemplo, faz um grande sucesso. Até assusta um pouco a Globo e acabo pagando o pato (risos). Não tenho nada com isso. Mas o bispo que toma conta da Record, Honorilton Gonçalves, é nascido e criado numa comunidade carente. O sujeito teve uma oportunidade e aproveitou.

Mas há críticas freqüentes so- bre a exploração da miséria e da esperança dos fiéis, além da riqueza de alguns pastores. Como responde a essas críticas?

­ Não há nada disso. Declarei meu imposto de renda: dois carros e um dinheiro que tinha no banco, deu R$ 200 mil. E dentre todos os bispos e pastores sou um dos que mais têm. E já até pedi a eles, todos, que um dia fizéssemos um site e colocássemos o imposto de renda de nós todos. O que nos fazemos é com idealismo e renúncia. Para a Africa levei US$ 8 mil. Quando saímos de lá, nossa igreja tinha em dinheiro o que representava US$ 10 milhões.

O que o senhor acha do pre- feito Cesar Maia?

­ Em sua trajetória política, o prefeito sofreu um momento duro, difícil. Candidatou-se à reeleição, mas não para ficar quatro anos. Ele queria ficar dois e ser candidato a presidente da República nas últimas eleições. O que ocorreu é que, com todo o apoio do seu partido e indo bem nas pesquisas, teve uma intervenção federal na saúde do Rio. E naquele momento ele acabou sofrendo um revés na sua popularidade e não pôde disputar aquele pleito. Acho que isso o marcou profundamente, com reflexos na administração. O Pan foi importante, foi um esforço que devemos considerar, a Cidade da Música também pelo esforço, que eu não faria nesse momento (há prioridades diante dos graves problemas que a gente atravessa). Mas o prefeito que o Rio precisa já não é mais o prefeito dos grandes monumentos. É um prefeito que cuide do povo. Mas não quero discutir uma página virada, prefiro discutir sobre o futuro.

O senhor conversou nos últimos dias com Dom Eugênio Sales. Sobre o que conversaram? Tenho conversado sempre com Dom Eugênio. Não é de agora. Com esse clima de guerra que o Rio vive, o que menos precisamos é de rivalidades religiosas. Católicos, evangélicos, espíritas, acho que todos devem se unir pela paz.

Há preconceito contra os evangélicos e contra o senhor?

­ Pode ser... São diversas razões, mas há muito evangélicos estigmatizados. Eu não assisti, mas muitos me disseram que a última novela da Globo os estigmatizava muito, insinuando que eram fanáticos, intolerantes, truculentos. Jamais entramos em guerra contra os outros. Cristo ensinava que para vencermos os conflitos temos de dar a outra face. É o que procuro fazer no meu dia-a-dia: dar a outra face, ser tolerante, atender a todos, conviver com as críticas, até com as calúnias. Dom Eugênio tem sido uma pessoa extremamente tolerante. Sempre pergunta pelas crianças, fala sobre a tristeza que sente quando vê o estado da rede de saúde do Rio de Janeiro. Aliás, do país como um todo. Um homem com a sensibilidade dele se sente muito triste de ver a saúde pública do Rio nesse estado. No Rio, os postos de saúde não estão localizados onde deviam e não abrem 24 horas. Então o governo faz o UPA.

O Rio tem a maior rede de saúde pública do país.

­ E por isso o maior problema de gestão também. O município faz alta complexidade, quer cuidar da loucura, e cuida mal. A Juliano Moreira é medieval. E as pessoas são barbarizadas e vegetam. Mas não devíamos cuidar da loucura, isso é alta complexidade. Temos que sentar e pedir ajuda ao governo federal e talvez tivéssemos que municipalizar os UPAs e cada macaco no seu galho. Senão ficamos com um confronto de atribuições.

O que pretende fazer com o Programa Saúde da Família?

­ Ampliar. Quero elevar para 70% a cobertura da população.

O Cesar Maia disse que esse programa não deu certo devido à violência, que impede os profissionais de saúde entrarem nas comunidades.

­ Os índices de violência de Niterói são menores que os nossos? As comunidades carentes de Niterói estão tomadas pelo narcotráfico. Lá não tivemos dengue, porque 70% da população é coberta pelo Saúde da Família. O problema é que a prefeitura tem dificuldade de se relacionar com o governo federal, de fazer as parcerias. Sobretudo na área da saúde. Na intervenção devolvemos ao governo federal o Cardoso Fontes, o Hospital de Ipanema, o Andaraí e o Hospital da Lagoa. Um grande alívio no orçamento. Melhorou? Não.

Quem passa para o segundo turno?

­ Acho que a Jandira Feghali ou a Solange Amaral.

O senhor tem um mapea- mento da cidade onde encontra maior resistência?

­ Zona Sul. Desde agosto do ano passado fiz mais de 150 reuniões na casa de pessoas da Zona Sul. Isso baixou a resistência. E minha esposa tem feito também, devotadamente. E ficamos surpresos com a boa vontade deles. Mesmo assim é pouco para representar alguns pontos.

Como pretende conduzir o diálogo com os vereadores?

­ Pretendo me reunir diaria- mente com as lideranças da Câmara, prestigiá-los, convidá-los para todas as inaugurações, para os planos e projetos. Nada vou decidir no âmbito legislativo sem ouvir a todos, sem respeitar as suas opiniões para aprimorar as nossas iniciativas. Isso é da democracia, e é isso que vou fazer como prefeito. |