Título: Histórico de absolvições pode ajudar policial
Autor: Thurler, Fernanda
Fonte: Jornal do Brasil, 11/06/2008, Cidade, p. A11

A Assembléia Legislativa do Rio não tem um histórico favorável em processos de cassação de mandato, mas, nesta legislatura, já mandou para casa as deputadas Jane Cozzolino (PTC) e Renata do Posto (PTB). O plenário, no entanto, acabou absolvendo Tucalo (PSC) e João Peixoto (PSDC). A corregedoria também pediu a suspensão de outros quatro parlamentares: Marcelino D"Almeida (DEM), Anabal (PHS), Marco Figueiredo (PSC) e Edino Fonseca (PR). Mas todos se safaram das punições. Os oito parlamentares foram acusados de lucrar com a contratação de funcionários fantasmas e com fraudes do Bolsa Educação, uma ajuda financeira de R$ 450 dada a funcionários com filhos matriculados em escolas particulares.

No último período parlamentar, entre 2003 e 2006, dois casos de cassação foram votados no plenário. O deputado Alessandro Calazans (PMN), na época sem partido, foi absolvido, e o deputado Marcos Abrahão (PSL) foi penalizado, mas conseguiu continuar na Alerj devido a um mandado judicial.

Também em 2005, os deputados criaram a CPI da Loterj. O presidente da Comissão, deputado Alessandro Calazans, foi julgado por quebra de decoro parlamentar por negociar a venda de votos para livrar o empresário de jogos Carlinhos Cachoeira das punições. Calazans escapou com 37 votos a 25.

Dois anos antes, Marcos Abrahão, suplente do então deputado Valdeci Paiva de Jesus, foi acusado de matá-lo para ocupar sua vaga. Em votação aberta, o plenário decidiu pela cassação, mas Abrahão conseguiu uma liminar no Supremo Tribunal Federal a seu favor porque, segundo a Constituição Estadual, o processo de cassação só pode ser definido em votação secreta. Abrahão e Calazans foram reeleitos.