Título: Compra do BC em dia atípico faz dólar cair
Autor: SILVIA ARAÚJO O fluxo cambial menos
Fonte: Jornal do Brasil, 19/02/2005, Economia, p. A18

O fluxo cambial menos intenso, aliado a relativa estabilidade da cotação do dólar no mercado internacional frente ao euro e a recuperação diante de moedas como libra e iene contribuíram para a menor pressão sobre as cotação da divisa no mercado doméstico. Mesmo assim, o movimento de queda não seria impedido se o Banco Central não promovesse seu tradicional leilão de compra. A autoridade monetária aceitou dezessete propostas e adquiriu moeda no mercado à vista a R$ 2,567. Nas últimas ofertas do dia, o comercial valia R$ 2,574, com alta de 0,43%. Os operadores de câmbio disseram que essa valorização não significa interrupção da tendência de queda. O dólar vai continuar respondendo ao fluxo comercial e financeiro, bem como às operações de captações externas.

Os profissionais continuam identificando entrada de divisas no País para aplicações em renda fixa e no mercado acionário. Esse fluxo tem refletido a melhora da taxa de risco do País e as constantes elevações da taxa de juros. No final dos negócios, o risco, medido pelo JP Morgan, se mantinha abaixo dos 400 pontos.

Na renda fixa, a desaceleração da inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) na segunda prévia de fevereiro não foi suficiente para promover o recuo das projeções para as taxas de juros no mercado futuro. O IGP-M ficou em 0,22%, contra 0,28% na medição equivalente de janeiro. Os preços no atacado continuaram apresentando a maior contribuição para a desaceleração do indicador. O Índice de Preços por Atacado (IPA) variou apenas 0,09% nessa prévia.