Título: MP identifica trabalho degradante
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 12/02/2005, País, p. A4

Adolescentes cortavam cana em Alagoas

Folhapress

MACEIÓ - O Ministério Público do Trabalho de Alagoas localizou 143 pessoas, entre elas sete adolescentes e uma mulher grávida, submetidas a condições degradantes de trabalho a 50 km de Maceió. Eles cortavam cana em uma fazenda sem equipamentos de proteção e sem acesso a água potável.

A Procuradoria do Trabalho informou que os trabalhadores recebiam cerca de R$ 180 mensais, pagos de acordo com a produtividade, sem direito a benefícios como salário mínimo, férias e pagamento de horas extras.

Foi constatado também pela procuradoria que a medição da produtividade era fraudada, em prejuízo dos trabalhadores.

O Ministério Público do Trabalho identificou um trabalhador responsável por arregimentar mão-de-obra para o corte de cana em usinas em troca de uma parte da produção.

- Os empreiteiros são pessoas pobres que exploram pessoas mais pobres ainda, camuflando assim a relação de emprego entre a usina e o trabalhador - disse Antônio Lima, procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho.