Título: Privatização e autonomia incluem pauta de debates
Autor: Leandro, Eloisa
Fonte: Jornal do Brasil, 10/08/2008, Economia, p. E4

A demanda de obras emergenciais e o funcionamento precário do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim colocam em xeque a gestão da Infraero. Representantes do governo do Estado e do setor de aviação discutem amanhã alternativas para mudar o atual quadro deficitário do aeroporto e cobrar providências imediatas da estatal. O debate Tom Jobim: o futuro é agora ¿ soluções para a retomada da importância estratégica do Aeroporto Internacional para o Estado e o país promovido pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado acontece na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

As limitações nos serviços oferecidos no Galeão irritaram o governador Sérgio Cabral, que confirmou presença no evento.

¿ Um negócio para ser administrado pelo setor privado ¿ dispara Cabral, referindo-se a eficiência de aeroportos dos Estados Unidos, França e Austrália que encontraram na privatização a melhoria do serviço.

Outro sistema de gestão inclui a pauta da discussão: a administração pública autônoma.

¿ Não sou contra nem a favor do aeroporto ser gerido pela iniciativa privada ou pelo poder público. O que o Galeão precisa é ter autonomia para administrar a sua arrecadação e, não compartilha-lá com outros aeroportos do país ¿ opina o professor adjunto de transporte aéreo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Respício Espírito Santo.

Para o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), o usuário paga a tarifa de embarque e não tem um serviço adequado. As tarifas variam de R$ 8 a R$ 36 dependendo da categoria do vôo e do destino, doméstico e internacional.

¿ É irrelevante o consumidor pagar por um serviço defasado. Não podemos concordar que a porta de entrada do Estado e do país, o Galeão, continue com essa infra-estrutura precária ¿ diz.

Pontos de venda

Transformar o Galeão em um aeroporto lucrativo para que reverta a arrecadação em melhorias para os usuário é o maior desafio apontado pela comissão. As tarifas aeroportuárias cobradas às companhias aéreas ¿ de pouso e de permanência ¿ e o aluguel dos pontos de venda não são bem administrados, segundo Picciani.

A exploração de pontos de venda nos aeroportos é uma ação lucrativa para o consultor de aviação da Bain Company André Castelline.

¿ A exploração do varejo valoriza o aeroporto e serve para viabilizar melhorias. Só depende da gestão ¿ frisa.