Título: Carlos Minc pede cautela e defende petrolífera
Autor:
Fonte: Jornal do Brasil, 16/08/2008, Economia, p. A18

O ministro de Meio Ambien- te, Carlos Minc, pediu ontem cautela nas discussões sobre as novas regras do setor de petróleo e gás. Minc fez defesa veemente da Petrobras, destacando que a estatal tem que ser "fortalecida, e não enfraquecida". ­ Qualquer medida para diminuir o escopo da Petrobras tem que ser repensada com cautela ­ afirmou Minc, e explicou que sua posição sobre o fortalecimento da Petrobras é de cidadão. O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, não emitiu opinião sobre as discussões relativas à mudança da lei. Ele defendeu a necessidade de um novo marco regulatório para o pré-sal, região que, para ele, coloca uma nova situação e precisará de novos investidores. Gabrielli garantiu que a Petrobras tem condições de fazer os investimentos necessários para explorar e produzir na área de Tupi e nas demais concessões da companhia na camada pré-sal. O executivo disse que o conhecimento sobre toda a área do pré-sal ainda é limitado, e que, em função disso, é difícil estabelecer o volume de recursos necessário para desenvolvê-la. ­ Temos alguns poços perfurados, alguns volumes apenas em Tupi. No que se refere ao que conhecemos, a Petrobras pode desenvolver. O problema é em relação ao que não conhecemos, isso é outra situação que tem que ser tratada de forma diferenciada ­ ponderou. Carlos Minc anunciou que o Ibama vai abrir um escritório na região Nordeste voltado para o setor de petróleo e gás. O objetivo, segundo o ministro, é agilizar os licenciamentos ambientais de blocos com potencial para exploração na região.