Título: Educação convoca aprovados
Autor: Melissa Medeiros
Fonte: Jornal do Brasil, 12/02/2005, Brasília, p. D3

E remanejará professores para suprir o déficit

Não só professores temporários serão contratados para trabalhar na rede pública do DF. Temendo a não autorização judicial para convocação temporária e o início do ano letivo sem professores suficientes, a Secretaria de Educação resolveu, dentro de duas semanas, chamar os aprovados na última seleção. Antes disso, a secretaria vai convocar professores que estão fora das salas de aula em funções administrativas e fará o remanejamento de professores de escolas que estão com sobra de profissionais.

A secretária de Educação, Maristela Neves, garante que segunda-feira esses profissionais convocados para voltar à sala de aula e os remanejados de escolas estarão dando aulas já em locais definidos.

- Esses professores irão, a partir de segunda-feira, suprir as carências emergencias. Depois veremos a demanda para cargos efetivos e chamaremos concursados - disse Maristela.

Dos 5.940 aprovados no último concurso, apenas 679 tomaram posse. A secretaria ainda não tem um número exato de docentes que serão chamados e nem sabe para quais disciplinas.

Muitos aprovados reclamam que ainda não foram chamados. Eles questionam a secretaria por abrir concurso, disponibilizar determinado número de vagas e depois falar que não precisa mais dessa quantidade de professores. Para os recém-licenciados, o concurso é o único meio de serem contratados para dar aula na rede pública do DF, visto que, nos contratos temporários o tempo de regência em sala de aula conta bastante pontos.

- Quando eu vi o edital do concurso, imaginei que se passasse dentro das três vagas oferecidas seria convocado. Estudei bastante e fiquei em segundo lugar, mas até agora nunca fui chamado. E tem mais. Quem terminou a graduação há pouco tempo, nem tem esperança ser chamado por meio dessa seleção temporária, pois cada ano de experiência vale um ponto. Portanto, um aposentado tem mais chance de ser chamado - protesta Genésio Oliveira.