O GLOBO, n 32.317, 29/01/2022. Política, p. 9
Caminhoneiros retidos entre Argentina e Chile
Alfredo Mergulhão
2 mil brasileiros estão barrados por regras chilenas para testes de Covid-19, que vão mudar
Mais de 5 mil caminhoneiros estão retidos há 18 dias em diferentes pontos da fronteira da Argentina com o Chile. Desse total, cerca de 2 mil são brasileiros, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL).
Os veículos estão parados desde que a aduana deixou de aceitar testes de Covid-19 realizados fora do território chileno, segundo a CNTTL. Apesar da exigência, as autoridades sanitárias não têm conseguido atender a demanda de testagem.
A fila de veículos deve começar a diminuir apenas neste fim de semana: no fim da tarde de ontem, a província de Los Andes, do Chile, informou que vai flexibilizar as medidas sanitárias. As autoridades chilenas anunciaram que vão realizar testes aleatórios em motoristas e passarão a aceitar PCRs negativos que foram realizados há menos de 72 horas.
As medidas, no entanto, só valem até o dia 2 fevereiro. A partir desta data, caminhoneiros terão de apresentar testes PCR negativos feitos em no máximo 48 horas antes do ingresso no Chile.
FILAS NAS ESTRADAS
Nos 18 dias com a exigência de testagem na própria aduana, filas de caminhões na beira das estradas se formaram ao longo da fronteira do Chile com a Argentina e também com a Bolívia. A maior delas fica na região de Cristo Redentor-Libertadores, na Argentina. Nesse trecho, o fluxo normal era de até 900 caminhões por dia, mas apenas 100 vinham conseguindo passar.