Título: Dos 16 casos, oito deputados conseguiram absolvição
Autor: Falcão, Márcio; Bruno, Raphael
Fonte: Jornal do Brasil, 16/09/2008, País, p. A12

Brasília

Desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o mandato eletivo pertencia ao partido político, e não ao candidato eleito, em outubro de 2007, 16 processos de infidelidade relacionados a parlamentares que trocaram de legenda já passaram pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em oito casos, o tribunal negou a ação e manteve o mandato do parlamentar eleito. Outros sete aguardam apreciação do tribunal. Até agora, só o deputado Walter Brito Neto (PRB-PB) teve a perda do mandato decretada.

A oposição, por sinal, foi quem mais sofreu com o troca-troca partidário. O movimento de adesão a partidos do governo por parte de parlamentares eleitos pela legenda retirou dos quadros do DEM três deputados federais e um senador. Foram eles: Jusmari Oliveira (PR-BA), Gervário José da Silva (PSDB-SC), além do próprio Walter Britto Neto, na Câmara, e o filho e suplente do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), Edison Lobão Filho (PMDB-MA), no Senado.

Os deputados que migraram de legenda e aguardam julgamento são Geraldo Resende (PMDB-MS), Clodovil Hernandes (PTC-SP), Marcos da Hora (PRB-PE), Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), Enivaldo Ribeiro (PDT-PB), Davi Alves (PDT-MA) e Sérgio Lacerda (PDT-BA). (M. F/R. B.)