Correio Braziliense, n. 22657, 02/04/2025. Cidades, p. 14

Mais 30 mil famílias no Prato Cheio
Bruna Pauxis


Na solenidade de entrega do Selo Betinho de iniciativas de combate à fome nas cidades, ontem, o governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (DEM) anunciou a ampliação do programa Cartão Prato Cheio, responsável por prover a mesa de milhares de famílias no DF. O benefício, que oferece um auxílio de R$ 250 mensais para compra de alimentos, atenderá mais 30 mil famílias, e passará a ser concedido por 18 meses e não por nove, como é atualmente.

“Isso tudo vem no sentido de fortalecer cada vez mais as políticas públicas na área alimentar”, afirmou o governador, que estava acompanhado da vice-governadora Celina Leão e da primeira-dama do DF, Mayara Noronha.

Atualmente, no DF, mais de 100 mil famílias recebem o Cartão Prato Cheio, além da Cesta Verde, concedida como um auxílio adicional, ou complemento da cesta emergencial, aos beneficiários não elegíveis ao recebimento do cartão.

“Temos muitas famílias que estão em programas, mas, assim que finalizam os nove meses, ainda precisam de atendimento.

Pensando nessa reincidência, tivemos uma reunião. Na verdade, essa ordem, ele (Ibaneis) deu em público, ainda ia ser avaliada.

A gente vai ampliar o cartão de nove para 18 meses, para que nesse período, de fato, a família possa sair da situação de insegurança alimentar”, explicou a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.

A medida fortalece os planos da capital de mitigação da fome, que renderam a certificação da ONG Ações de Cidadania. “São 36 metas avaliadas, então é muito trabalho. Em destaque, eu gostaria de apontar o apoio à agricultura familiar, às cozinhas solidárias e à política de educação alimentar”, explicou Mariana Macário, gerente de Políticas Públicas da Ação da Cidadania.

Para receber o Selo Betinho, que vale por um ano, até ser feita nova avaliação, as cidades precisam cumprir pelo menos 70% das metas estabelecidas em parceria com o Instituto Comida do Amanhã.

Lançada em 2024, a certificação só foi concedida a três capitais neste ano: Belo Horizonte, Curitiba e Brasília.