O GLOBO, n 32.328, 09/02/2022. Brasil, p. 10

Emis­são de iden­ti­fi­ca­ção digi­tal uni­fi­cada entra em fase piloto

Mariana Muniz


Documento deverá estar disponível para todos a partir de fevereiro de 2023

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, lançaram ontem uma nova fase de implementação do Documento Nacional de Identidade (DNI), um aplicativo gratuito que vai reunir documentos como CPF, RG, título de eleitor e Carteira Nacional de Habilitação e dados biométricos.

Para a habilitação do DNI, foram usadas as bases de dados da Justiça Eleitoral, que já reúne os dados biométricos e biográficos de 81% da população. A expectativa é que o documento digital esteja disponível para todos a partir de fevereiro do ano que vem.

Nessa etapa inicial, que começa em março, o documento será emitido para servidores da Justiça Eleitoral e de outros órgãos públicos, ainda em fase de teste. A partir de agosto, moradores de Minas Gerais também terão acesso ao documento. Segundo o TSE, o estado foi escolhido por um acordo de cooperação firmado no final de 2021 com previsão de emissão do DNI também pelo Instituto de Identificação mineiro.

‘SIMPLIFICAÇÃO’

O documento digital será gerado em um aplicativo gratuito disponível para smartphones e tablets nas plataformas Android e iOS, e utilizará tecnologias do TSE e do Serpro. Na solenidade para marcar essa etapa do processo, Barroso afirmou que essa identificação civil nacional será uma “simplificação da vida”.

— Vamos reduzir as fraudes produzidas por identidades falsas e ter inúmeros efeitos positivos até mesmo no sistema penitenciário, já que às vezes as pessoas são presas por homonímia — disse o presidente do TSE.

O ministro da Economia classificou o DNI como um “passo decisivo” para a digitalização dos serviços oferecidos aos brasileiros:

— Com essa dimensão digital, vamos começar a transformar esses recursos em transferência de renda.