O Estado de S. Paulo, n. 48060, 18/05/2025. Política, p. A10

Corrente majoritária racha em São Paulo
Zeca Ferreira

 

 

A eleição interna do PT expôs divisões na corrente majoritária da sigla, a Construindo um Novo Brasil (CNB). Ligada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a tendência petista conseguiu, após disputa intensa, chegar a um único nome para a presidência nacional da legenda: Edinho Silva. Nos diretórios estaduais, a ala majoritária se fragmentou, apoiando diferentes candidatos.

O PED (Processo de Eleição Direta) definirá as direções zonais, municipais, estaduais e nacional em 6 de julho. Essa escolha vai impactar diretamente as estratégias do PT para o próximo ciclo eleitoral. Atentas a esse cenário, lideranças petistas têm se mobilizado para impor sua visão de partido, mesmo que isso resulte na divisão de correntes internas. No caso da CNB, por exemplo, em Estados como São Paulo, Paraná, Bahia e Minas Gerais, integrantes da tendência majoritária apoiaram candidatos diferentes.

Ex-ouvidor das Polícias de São Paulo, Cláudio Silva se lançou candidato contrariando a CNB. Ele alega ser motivado pela “ausência de pessoas pretas qualificadas na direção do PT”. Já o concorrente oficial da CNB em São Paulo é o atual presidente do diretório estadual, o deputado federal Kiko Celeguim. No Paraná, a corrente rachou entre Zeca Dirceu e Arilson Chiorato. Disputas semelhantes estão delineadas pelos menos em Minas e na Bahia. •